O ministro das Finanças de Israel, o ultranacionalista e colono Bezalel Smotrich, disse nesta terça-feira que em seis meses “não haverá Hamas em Gaza” e a população palestina começará a “ir embora” para outros países.
O ministro, que participou de uma conferência no assentamento israelense de Ofra, na Cisjordânia, explicou sua visão da “vitória” de Israel sobre o grupo islâmico Hamas no território palestino, que, segundo ele, virá “em alguns meses”.
Previsões sobre Gaza e o futuro da população palestina
“Quando Gaza for completamente destruída, seus cidadãos se concentrarão ao sul do corredor de Morag e começarão a sair em grandes grupos para outros países”, disse Smotrich, segundo publicou a imprensa local.
Smotrich afirmou que em menos de seis meses, dois anos após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deram início à ofensiva, “não haverá Hamas em Gaza, ponto final”.
Planos de ocupação e mudanças no enfoque militar
As declarações do ministro israelense foram feitas depois que Israel revelou, na segunda-feira, um novo plano para “ocupar e manter os territórios” da Faixa de Gaza, que está sob intenso cerco há mais de um ano e meio.
Uma fonte oficial israelense disse que o novo roteiro, aprovado por unanimidade pelo gabinete de segurança do governo, deixa para trás “o método de incursões” que as tropas aplicavam antes do cessar-fogo para dar lugar à “ocupação e permanência” no território palestino.
Smotrich expressou sua satisfação com os novos planos do governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. “Finalmente vamos ocupar a Faixa de Gaza”, declarou ele ontem.
Impactos na população de Gaza
Desde o início da ofensiva israelense contra Gaza, em outubro de 2023, 90% da população foi deslocada várias vezes e, após o rompimento do cessar-fogo em março, cerca de 423 mil pessoas foram deslocadas à força novamente.
Fonte: Exame