A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, afirmou nesta quarta-feira que vai priorizar os gastos com saúde, defesa e projetos de infraestrutura para impulsionar o crescimento econômico, numa tentativa de reformular a oferta do governo por um futuro melhor para eleitores cada vez mais desiludidos.
Ao definir os orçamentos diários para os departamentos do governo entre 2026 e 2029, além dos planos de investimento até 2030, Reeves descreveu as prioridades de sua revisão de gastos como sendo as do “povo trabalhador”, visando proporcionar uma vida melhor a essa parcela da população.
Com o objetivo de promover investimentos em projetos de habitação, transporte e energia mais limpa, Reeves quer demonstrar que o governo está cumprindo seu plano de transformação. No entanto, com mais recursos destinados à saúde e à defesa, espera-se que os gastos cotidianos em outras áreas do governo sejam reduzidos.
“As prioridades dessa revisão de gastos são as prioridades dos trabalhadores — investir na segurança e na saúde do Reino Unido e fazer a economia crescer para que os trabalhadores tenham uma vida melhor”, declarou ela em uma sessão no Parlamento. “As escolhas dessa revisão só foram possíveis graças ao meu compromisso com a estabilidade econômica”, acrescentou.
Reeves definiu o total geral de gastos em um orçamento apresentado em outubro, financiando seu plano com o maior aumento de impostos em uma geração e regras fiscais mais flexíveis, que facilitam a obtenção de empréstimos para cobrir investimentos de longo prazo.
Suas decisões devem começar a apresentar resultados rapidamente, caso o Partido Trabalhista queira atingir suas metas de aumentar a taxa de crescimento do Reino Unido e melhorar a qualidade dos serviços públicos.
Ela afirmou que os orçamentos departamentais do governo crescerão 2,3% ao ano em termos reais, oferecendo mais 190 bilhões de libras para gastos diários com serviços públicos em comparação com os planos do governo anterior.
Desde sua ampla vitória eleitoral em julho do ano passado, o Partido Trabalhista tem visto sua popularidade cair, e a própria Reeves teve seus índices despencados após o governo introduzir cortes nos pagamentos de combustível para idosos e nos benefícios para pessoas com deficiência.
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Fonte: InfoMoney
