O Ministério Público de São Paulo apura o suposto fim da trégua entre as duas maiores facções criminosas do país.
Pelo menos uma circular, que teria sido assinada pelo Comando Vermelho, datada em 28 de abril, aponta que a relação “de paz” com o Primeiro Comando da Capital chegou ao fim.
A trégua, anunciada em fevereiro, tinha o objetivo de cessar as mortes entre os grupos, reduzir os custos com a guerra e garantir a continuidade dos negócios ilegais.
A parceria entre as duas organizações criminosas constou em um relatório de inteligência do Ministério da Justiça e embasou uma operação contra o CV no Rio de Janeiro neste mês.
A circular viralizou entre grupos de mensagens e chegou ao conhecimento do MPSP, que também teve acesso a outras informações, os chamados “salves”, que são avisos da cúpula aos faccionados.
Um dos motivos para a ruptura, segundo autoridades que investigam as facções, são rixas regionais – que inviabilizaram o acordo costurado pelos chefes presos e que ele prosperasse.
Fontes do Ministério da Justiça disseram à CNN que o fim da trégua já era esperado. “Uma hora essa junção ia dar conflito”, disse um investigador, sob reserva.
O comunicado, obtido pela reportagem e apurado pelas autoridades sobre sua veracidade, diz que é um recado “a todos os estados e países”.
A Secretaria Nacional de Políticas Penais, do MJ, ainda não se pronunciou.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Ministério Público apura fim de trégua entre PCC e Comando Vermelho no site CNN Brasil.
Ir para o conteúdo original: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/brasil/ministerio-publico-apura-fim-de-tregua-entre-pcc-e-comando-vermelho/