Na sexta-feira (27), o dólar à vista encerrou o dia em R$ 5,4831, com queda de 0,28%, impulsionado por dados de inflação dos EUA que reforçaram a busca por moedas de risco, como o real. O núcleo do índice PCE dos EUA, principal referência para o Fed, avançou 0,2% em maio (2,7% em 12 meses), em linha com expectativas, o que gerou otimismo global.
No Brasil, o movimento foi parcialmente contrabalançado pela saída de dólares após a derrubada do aumento do IOF em operações cambiais, o que liberou fluxo para remessas e afetou a liquidez.
Para os traders do minidólar, o dia trouxe um ambiente de volatilidade moderada com viés de alta do real. A combinação de indicadores bons nos EUA e ajuste local no imposto suprimiu parte da volatilidade, com o dólar à vista flutuando entre R$ 5,4597 e R$ 5,5051.
Para os operadores, o ponto chave agora é acompanhar se o dólar consolida abaixo dos R$ 5,50, as eventuais reações políticas ao IOF e se os novos dados de inflação nos EUA podem gerar oportunidades de reversão ou continuidade do movimento.
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Os contratos futuros de minidólar (WDOQ25), com vencimento em agosto, encerraram a última sessão em leve queda de 0,05%, aos 5.522,50 pontos.
O dia marca o vencimento dos contratos WDON25, que deram lugar ao ticker WDOQ25, agora referência para agosto.
Análise do gráfico de 15 minutos
No gráfico de 15 minutos, o ativo voltou a fechar abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, indicando enfraquecimento da ponta compradora no curto prazo e retomando o teste da faixa de suporte mais relevante em 5.507/5.503.
Para o pregão desta segunda-feira (30), os principais pontos de suporte estão em 5.507/5.503 (1), 5.480/5.485 (2) e 5.461/5.456 (3), enquanto as resistências se encontram em 5.538/5.548 (1), 5.557/5.567 (2) e 5.579,5/5.588 (3).
Para que o viés de baixa se mantenha, será necessário que o minidólar rompa de forma consistente a região de suporte em 5.507/5.503, com entrada de volume vendedor relevante.
A perda desse patamar, tende a intensificar a pressão vendedora e abrir caminho para os próximos suportes em 5.480/5.485, faixa importante e, em caso de continuidade do fluxo vendedor, o ativo poderá buscar níveis mais baixos em 5.461/5.456, onde o mercado pode encontrar novo ponto de equilíbrio ou iniciar tentativa de repique.
Por outro lado, caso o ativo recupere força compradora e consiga superar a resistência em 5.538/5.548, poderá iniciar uma nova perna de alta, com projeções de avanço para 5.557/5.567. Se esse movimento se confirmar com volume, o próximo alvo passa a ser 5.579,5/5.588, região de resistência mais longa.
No gráfico diário, a tendência ainda é de baixa, com o minidólar operando abaixo das médias de 9 e 21 períodos, embora esteja em teste de uma região de suporte técnico relevante em 5.507/5.503.
A perda dessa faixa pode acelerar o fluxo vendedor em direção aos próximos suportes em 5.377/5.341. Já uma reversão mais sólida só será sinalizada com o rompimento e fechamento acima da resistência em 5.611/5.631, o que poderá projetar o ativo para 5.676/5.698 e, em caso de continuidade, 5.777,5 pontos. O IFR (14) diário está em 36,37, próximo da zona de sobrevenda.
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Dólar futuro (WDOQ25): Gráfico de 60 minutos
No gráfico intraday de 60 minutos, o minidólar também reforça o viés de baixa, após encerrar a última sessão abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, indicando perda de força compradora no intraday.
O ativo voltou a se posicionar na base da lateralização recente, sugerindo que o mercado segue sem definição clara de tendência mais ampla, mas com viés negativo predominante.
Para manter o movimento de queda e ganhar tração na ponta vendedora, será necessário romper com volume o suporte em 5.507/5.503. Caso isso ocorra com aumento de volume, o minidólar poderá acelerar as perdas rumo aos próximos suportes em 5.461/5.449,5, com possibilidade de estender o movimento até a região de 5.393 pontos.
Já para inverter esse cenário de curto prazo e sinalizar retomada da alta, será necessário que o ativo supere e feche acima da zona de resistência em 5.537/5.547, o que poderia indicar enfraquecimento do controle vendedor.
Com esse rompimento, o fluxo comprador tende a se intensificar, abrindo espaço para buscar resistências em 5.564,5/5.579. Em uma movimentação mais ampla, o próximo objetivo seria a região de 5.611/5.620, que além de representar resistência técnica, também coincide com a média móvel de 200 períodos — um ponto tradicionalmente observado pelos participantes como divisor de força entre tendência de curto e médio prazo
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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Fonte: InfoMoney
