Na segunda-feira (30), o dólar à vista caiu 0,88%, fechando a R$ 5,4350, menor nível desde setembro de 2023, puxado por fatores internos e externos. No cenário global, investidores mostraram maior apetite por risco com a expectativa de avanços nas negociações comerciais entre os EUA e outros países — especialmente após o Canadá revogar um imposto digital voltado a empresas americanas, gesto que destravou o diálogo com a Casa Branca.
Além disso, o otimismo com possíveis cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve também contribuiu para a desvalorização global da moeda norte-americana. No Brasil, a forte movimentação no câmbio foi intensificada pela disputa pela formação da Ptax de fim de mês, trimestre e semestre, referência fundamental para contratos futuros e balanços corporativos.
Para os traders do minidólar, o pregão foi marcado por alta volatilidade e forte pressão vendedora, especialmente em razão da briga técnica em torno da Ptax, que se acirra no encerramento de trimestres.
A atuação de grandes players em busca de preços favoráveis para posições cambiais e ajustes contábeis gerou fluxos significativos no mercado, colaborando para o recuo de mais de 5% da moeda no mês de junho e 12% no acumulado do semestre.
A continuidade desse movimento dependerá dos desdobramentos nas tensões comerciais globais e da política monetária dos EUA, além do impacto residual da revogação das alíquotas do IOF sobre o fluxo cambial brasileiro.
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Os contratos futuros de minidólar (WDOQ25), com vencimento em agosto, encerraram a última sessão em queda de 0,89%, aos 5.473,5 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos
No gráfico de 15 minutos, o ativo voltou a ser negociado dentro de seu canal de baixa, encerrando abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos e perdendo importantes regiões de suporte.
Para o pregão desta terça-feira, os principais pontos de suporte estão em 5.468/5.464 (1), 5.450/5.444 (2) e 5.433/5.426 (3), enquanto as resistências encontram-se em 5.483/5.492 (1), 5.505/5.519 (2) e 5.539/5.547 (3).
Para manter o viés negativo, será fundamental romper com força a faixa de 5.468/5.464, o que pode abrir espaço para correções até 5.450/5.444, com alvo mais longo em 5.433/5.426.
Do lado oposto, uma eventual reação compradora com rompimento de 5.483/5.492 pode impulsionar o ativo em direção a 5.505/5.519 e 5.539/5.547, reacendendo o interesse comprador.
No gráfico diário, o minidólar mantém tendência de baixa, sendo negociado abaixo das médias de 9 e 21 períodos. Após romper uma faixa de suporte relevante, o ativo agora testa a linha de retorno do canal de baixa, o que pode sugerir um possível repique técnico no curto prazo — porém, caso o fluxo vendedor continue predominando, a expectativa é de formação de novos fundos.
Para intensificar o movimento de queda, será necessário romper o suporte em 5.416/5.380, mirando a região de 5.320/5.275,5.
Já para uma reversão mais significativa, o ativo deverá romper a resistência em 5.595/5.620, com projeções em 5.652,5/5.672,5 e alvo mais longo em 5.717/5.740 pontos. O IFR (14), aos 32,63, aponta para um nível próximo da zona de sobrevenda, o que pode favorecer repiques pontuais.

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Dólar futuro (WDOQ25): Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, a estrutura segue pressionada, com o ativo distante das médias de 9 e 21 períodos, o que tecnicamente abre margem para uma possível correção de curto prazo.
No entanto, o destaque fica para a formação de uma possível flâmula de baixa, que poderá ser acionada com o rompimento do fundo anterior em 5.464, intensificando o movimento descendente. Caso isso ocorra, os próximos suportes estão em 5.440,5/5.423 e, posteriormente, 5.391 pontos.
Para reverter esse cenário, será necessário romper a faixa de resistência em 5.501,5/5.510,5, zona que representa fundos anteriores e que, agora, atua como resistência pelo princípio da bipolaridade. Acima dessa faixa, o fluxo comprador poderá buscar os níveis de 5.536/5.547 e 5.567,5/5.582,5, marcando possível mudança de estrutura no curto prazo.

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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Fonte: InfoMoney