Na última sessão, o dólar comercial encerrou o pregão em alta de 0,37%, cotado a R$ 5,7116, refletindo a cautela dos investidores diante da ausência de detalhes sobre os acordos comerciais dos Estados Unidos com seus parceiros e das decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, previstas para hoje (7). Durante a sessão, a moeda norte-americana oscilou em território positivo, atingindo a máxima de R$ 5,7393 (+0,86%) às 10h43, antes de desacelerar os ganhos. Esse movimento coincidiu com a perda de força dos rendimentos dos Treasuries no exterior e com o avanço firme do petróleo, que ajudou a conter a valorização do dólar. No cenário externo, o dólar cedia no fim da tarde ante boa parte das demais divisas, influenciado pela eleição do líder conservador Friedrich Merz como chanceler na Alemanha, que fortalecia o euro.
Para os traders que operam o minidólar, o ambiente atual exige atenção. A combinação de incertezas sobre as negociações comerciais dos EUA, as decisões de política monetária tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos e a volatilidade nos mercados globais pode gerar movimentos bruscos no câmbio. É fundamental monitorar de perto os desdobramentos dessas questões e ajustar as estratégias de negociação para aproveitar as oportunidades e mitigar os riscos em um ambiente de rápidas mudanças e oportunidades voláteis.
O contrato de minidólar com vencimento em junho (WDOM25) encerrou a última sessão com valorização de 0,29%, aos 5.749,5 pontos, sustentando o movimento altista iniciado no início da semana.
Análise do gráfico de 15 minutos
O movimento positivo da última sessão reforçou o tom altista do minidólar no intraday. O ativo fechou acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que sustenta a perspectiva de continuidade da alta — desde que consiga romper a faixa de resistência em 5.755/5.770 pontos. Caso isso ocorra com volume, os próximos alvos passam a ser 5.782/5.795 pontos (2) e 5.813/5.829 pontos (3).
Por outro lado, se houver fraqueza compradora e o ativo romper a faixa de suporte em 5.743,5/5.734 pontos (1), o cenário pode mudar no curtíssimo prazo. Isso abriria espaço para correção, com os próximos níveis de suporte em 5.727/5.712 pontos (2) e 5.703/5.682 pontos (3).
A análise diária também reforça o viés de recuperação. O minidólar rompeu a média de 9 períodos e, caso supere a máxima da sessão anterior, poderá ganhar tração rumo à média de 21 períodos, situada nos 5.823 pontos. Para confirmar esse cenário, será necessário superar a faixa dos 5.772 pontos com volume.
O IFR (14) está em 45,43, sinalizando uma condição técnica ainda neutra. No entanto, se houver rejeição da alta e rompimento da faixa de 5.726,5/5.664,5 pontos, o fluxo vendedor pode retornar, mirando alvos mais baixos em 5.625/5.527 pontos.
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Dólar futuro (WDOM25): Gráfico de 60 minutos
A leitura no gráfico de 60 minutos também é construtiva. O ativo fechou a última sessão em alta, seguindo acima das médias de 9 e 21 períodos.
Para que o minidólar siga com o fluxo altista, será necessário romper a resistência em 5.772/5.795 pontos. Acima dessa faixa, os próximos objetivos são 5.813/5.833 pontos, com alvo estendido em 5.852 e 5.875 pontos.
Caso o ativo não consiga sustentar o movimento e perca a região de suporte em 5.743/5.726 pontos, o fluxo vendedor tende a se intensificar. Nesse cenário, os próximos suportes relevantes passam a ser 5.700/5.664,5 pontos, com alvo mais longo entre 5.644,5/5.625 pontos.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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Fonte: InfoMoney
