Na última sessão, o dólar comercial registrou sua sétima queda consecutiva frente ao real, encerrando o dia cotado a R$ 5,648 na venda, uma baixa de 0,68%. Esse movimento refletiu a perda de força da moeda americana no exterior, em meio aos desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Nos Estados Unidos, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que cabe à China diminuir as tensões comerciais, considerando o atual nível “insustentável” das tarifas entre ambos os países. Enquanto isso, os formuladores de políticas da China estão adiando o anúncio de estímulos, diante da falta de clareza sobre a política comercial americana e na esperança de um acordo entre as duas potências econômicas. No cenário doméstico, o fluxo cambial total do Brasil está positivo em US$ 2,653 bilhões em abril até o dia 24, segundo o Banco Central, embora o fluxo financeiro seja negativo em US$ 1,756 bilhão, e o comercial positivo em US$ 4,409 bilhões.
Para os traders, o ambiente permanece sensível às declarações de autoridades americanas e chinesas. A oscilação do dólar ao longo do dia evidencia a importância de monitorar atentamente os desdobramentos internacionais e as políticas monetárias globais. Para hoje, é fundamental que os operadores estejam atentos a novos desdobramentos nas relações comerciais e às políticas monetárias globais, ajustando suas estratégias para navegar em um ambiente de rápidas mudanças e oportunidades voláteis.
Já os contratos de minidólar (WDOK25), com vencimento em maio, fecharam a última sessão em queda de 0,61%, cotados a 5.657 pontos. Após leve recuperação na sexta-feira anterior, o ativo voltou a recuar, pressionado por fluxos de venda.
Análise do gráfico de 15 minutos
No gráfico de 15 minutos, o minidólar fechou em queda, voltando a negociar entre as médias móveis de 9 e 21 períodos. O próximo pregão será importante para determinar se o ativo buscará uma retomada da alta ou se confirmará a retomada da tendência de baixa.
Para que o ativo volte a ganhar força compradora, será essencial superar a resistência dos 5.662/5.669 pontos. Caso consiga romper essa faixa com volume, poderá mirar a próxima resistência em 5.688/5.694 pontos, e posteriormente em 5.706/5.712 pontos.
Por outro lado, se houver rompimento do suporte em 5.648/5.641 pontos, a pressão vendedora poderá se intensificar, mirando as próximas zonas de suporte em 5.622/5.600 pontos e, em uma movimentação mais longa, em 5.584/5.560 pontos.
Pelo gráfico diário, o minidólar reforçou o movimento de baixa, com novo candle de queda e afastamento das médias móveis. Para seguir no movimento descendente, será importante que o ativo rompa a mínima da última sessão, situada em 5.648 pontos, o que abriria espaço para novas quedas, com alvo inicial em 5.619,5 pontos.
O IFR (14) marca 38,05 pontos, zona ainda neutra, mas se aproximando da região de sobrevenda, o que indica possível alívio no curto prazo caso haja reação compradora. Para tentar um repique, o minidólar precisaria superar a máxima da última sessão e buscar resistência importante em 5.712 pontos, com possível alvo mais longo em 5.744 pontos.
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Dólar futuro (WDOK25): Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, o cenário também se deteriorou. O minidólar fechou abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que reforça o viés de baixa no curto prazo.
Para que o ativo retome o fluxo de alta, será necessário romper a resistência dos 5.663/5.676 pontos. Superada essa faixa, poderá buscar resistências em 5.702,5/5.712 pontos e, em sequência, 5.728,5/5.753 pontos.
Se, porém, seguir pressionado e perder o suporte em 5.648/5.622 pontos, o movimento de venda tende a se intensificar, mirando os 5.600/5.584 pontos, com alvo mais estendido na região de 5.560/5.542 pontos.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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