No último pregão de abril, o Ibovespa encerrou o pregão praticamente estável, com leve recuo de 0,02%, aos 135.066,97 pontos, interrompendo uma sequência de sete altas consecutivas. Apesar da estabilidade no dia, o índice acumulou uma valorização de 3,69% em abril, somando-se ao avanço de 6,08% registrado em março. O desempenho mensal foi impulsionado por fatores como a entrada de recursos estrangeiros e a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve, diante de dados econômicos mais fracos nos Estados Unidos. No último pregão do mês, as ações de grandes empresas exportadoras, como Vale e Petrobras, recuaram, refletindo a queda nos preços das commodities, enquanto os papéis dos grandes bancos apresentaram alta, contribuindo para a estabilidade do índice.
Para os traders que operam o mini-índice (Ibovespa futuro), o cenário atual exige atenção. A estabilidade do índice no último pregão de abril, após uma sequência de altas, pode indicar uma pausa para realização de lucros ou uma possível mudança de tendência. Além disso, os sinais de desaceleração econômica nos Estados Unidos, evidenciados pelo recuo de 0,3% no PIB do primeiro trimestre e pela queda nos gastos do governo, podem impactar o humor dos investidores nos próximos pregões. É fundamental monitorar os desdobramentos da política tarifária americana, os dados econômicos globais e o desempenho das commodities, ajustando as estratégias de negociação para aproveitar as oportunidades e mitigar os riscos em um ambiente de rápidas mudanças e oportunidades voláteis .
Os contratos futuros de mini-índice com vencimento em junho (WINM25) registraram uma queda de 0,45% na sessão de quinta-feira, encerrando aos 136.800 pontos, e interromperam uma sequência de sete pregões seguidos de alta.
Análise do gráfico de 15 minutos
O gráfico de 15 minutos mostra uma tentativa de reversão de curto prazo. Após o rali recente, o mini-índice corrigiu e fechou abaixo das médias de 9, 21 e 200 períodos, demonstrando perda de força compradora.
Caso o movimento de baixa prossiga, o rompimento da faixa de suporte em 136.665/136.180 pontos poderá intensificar a pressão vendedora. Com isso, os próximos alvos ficam em 135.770/135.130 pontos, e, se o fluxo continuar negativo, 134.625/134.110 pontos.
Por outro lado, para retomar o fluxo de alta, será necessário que o ativo supere a resistência em 137.000/137.285 pontos. Esse rompimento abriria espaço para buscar as faixas superiores em 137.575/138.000 e, em seguida, 138.430/138.845 pontos.
No gráfico diário, o candle da última sessão sinalizou enfraquecimento do fluxo comprador ao confirmar a correção, mesmo após uma sequência de altas. Ainda assim, o ativo permanece acima das médias móveis de 9, 21 e 200 períodos, sendo que a média de 200 atuou como suporte importante na última sessão.
Para manter o viés altista, será fundamental que o mini-índice respeite essa base técnica, localizada entre 136.100 e 135.515 pontos. A perda dessa região poderá acelerar o movimento corretivo e projetar alvos mais baixos.
Na ponta oposta, a superação da resistência em 137.640/138.430 pontos poderá restabelecer a força compradora e abrir caminho para novos avanços, embora o IFR (14) em 61,23 já sinalize proximidade com a zona de sobrecompra.
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WINM25: Gráfico de 60 minutos
O gráfico de 60 minutos reforça a leitura de correção técnica. A quebra da sequência altista foi marcada por um fechamento claro abaixo das médias de 9 e 21 períodos, indicando fraqueza na ponta compradora.
Caso o ativo perca a região de suporte entre 136.115/135.770 pontos, o movimento de baixa poderá ganhar novo fôlego. Com isso, os alvos passam a ser 134.625/134.110, e, em um cenário mais pessimista, 133.500/132.735 pontos.
Para reverter esse quadro, o ativo precisa superar a resistência entre 136.980/137.300 pontos, o que abriria espaço para continuidade da alta com próximos obstáculos em 138.080/138.430 e 138.845/139.330 pontos.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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