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Mercados operam sem direção de olho em dados econômicos e negociações entre EUA e China

Os mercados internacionais operam sem direção definida nesta sexta-feira, 23, em meio à divulgação de dados econômicos importantes na Ásia e na Europa, além de sinais de diálogo entre Estados Unidos e China.

Na Ásia, os índices registraram desempenho misto. O Nikkei, do Japão, subiu 0,47%, enquanto o Topix avançou 0,68%, após dados mostrarem que a inflação central do país acelerou para 3,5% em abril — puxada por preços de alimentos como o arroz.

Na Coreia do Sul, o Kospi encerrou o pregão estável, e o Kosdaq, voltado a empresas de menor capitalização, recuou 0,24%. Investidores repercutem os dados do índice de preços ao produtor (PPI) do país. O PPI, em abril, desacelerou para 0,9% na comparação anual, ante 1,3% em março. Na comparação mensal, o índice caiu 0,1%, após dois meses consecutivos de estabilidade.

Já na Austrália, o S&P/ASX 200 avançou 0,15%, enquanto os mercados de Hong Kong e do mercado doméstico da China operaram próximos da estabilidade. Em Singapura, a inflação central superou as projeções ao subir 0,7% em abril, contra os 0,5% esperados.

Na Europa, os mercados operavam em leve alta às 6h de Brasília, com o Stoxx 600 subindo 0,16%, sustentado por ganhos em diversos setores. O DAX, da Alemanha, avançava 0,31%, apoiado pela revisão para cima do PIB do primeiro trimestre, que cresceu 0,4% na comparação com o trimestre anterior — o maior avanço desde 2022, impulsionado pela indústria e exportações. O FTSE 100, do Reino Unido, ganhava 0,26%, enquanto o CAC 40, da França, recuava 0,18%.

No Reino Unido, o varejo surpreendeu positivamente com alta de 1,2% em abril frente a março, superando as expectativas de 0,2%, segundo dados oficiais. As vendas em supermercados cresceram 3,9%, impulsionadas pelo clima mais ameno no mês.

Nos Estados Unidos, os futuros dos índices operavam com leve baixa nas primeiras horas da manhã, com investidores ainda avaliando o impacto da alta dos juros dos Treasurys sobre a economia. Por volta das 6h de Brasília, os contratos do Dow Jones recuavam 0,04%, enquanto os do Nasdaq caíam 0,09%. Os do S&P 500 operavam estáveis.

Na véspera, o S&P 500 e o Dow fecharam próximos da estabilidade, ambos com o terceiro pregão consecutivo de queda. O Nasdaq destoou, com alta de 0,3%. As preocupações com o custo do pacote fiscal aprovado pela Câmara dos Deputados pressionaram os juros de longo prazo. O rendimento do título de 30 anos chegou a 5,161%, o maior patamar desde outubro de 2023, e o do papel de 10 anos superou brevemente 4,6%.

O aumento das taxas reacendeu temores sobre a trajetória fiscal dos EUA, especialmente após o rebaixamento da nota de crédito soberana do país pela Moody’s, que citou o crescimento do déficit público e os custos da rolagem da dívida. Na semana, os principais índices acumulam perdas: o S&P 500 cai quase 2%, o Dow recua cerca de 1,9% e o Nasdaq, 1,5%.

Investidores também monitoram os dados de licenças para construção e vendas de novas residências, previstos para esta sexta.

Fonte: Exame

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