Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram previsões para a dívida pública bruta brasileira em 2025 e 2026, apesar de piorarem a estimativa para o resultado primário do governo no ano que vem, mostrou nesta sexta-feira o relatório Prisma Fiscal de maio.
Os economistas agora esperam que a dívida bruta do governo geral chegue a 80,30% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2025, abaixo dos 80,50% projetados em abril. Em 2026, a previsão é de que a dívida alcance 84,49% do PIB, ante projeção anterior de 84,55%.
Segundo o relatório, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de R$72,687 bilhões em 2025, ante visão anterior de déficit de R$73,657 bilhões. Para 2026, a expectativa para o resultado primário piorou e foi a um déficit de R$80,690 bilhões, ante R$78,157 bilhões previstos no mês passado.
As estimativas para o resultado primário seguem distantes das metas estabelecidas pelo governo de déficit zero em 2025 e superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026.
Agentes de mercado têm demonstrado preocupação com a capacidade do governo de melhorar a trajetória das contas públicas, com dúvidas sobre a sustentação do arcabouço fiscal e a trajetória de gastos com a aproximação do ano eleitoral de 2026, enquanto o choque nos juros básicos pelo Banco Central tende a elevar o custo da dívida pública.
Na quinta-feira, em meio a estudos no governo para lançar um pacote que amplie a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a equipe econômica está preparando medidas pontuais para assegurar o cumprimento da meta fiscal. nL1N3RN10B
Para a receita líquida do governo, a expectativa mediana subiu para este ano e o próximo. A nova projeção indica a entrada de R$2,313 trilhões em 2025, contra R$2,308 trilhões estimados no mês anterior. Em 2026, o dado é visto em R$2,464 trilhões, contra R$2,463 trilhões projetados em abril.
Os economistas consultados no Prisma ainda aumentaram a projeção para as despesas totais do governo central neste ano para R$2,383 trilhões, de R$2,381 trilhões anteriormente, e baixaram a R$2,545 trilhões em 2026, de R$2,559 trilhões antes.
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Fonte: InfoMoney