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Mercado passa a ver chance menor de recessão nos EUA e alívio para Fed

Uma inflação mais moderada que o esperado e uma redução significativa na guerra comercial entre EUA e China estão aliviando os temores de forte pressão sobre famílias e empresas norte-americanas nos próximos meses, levando Wall Street a reduzir as previsões de recessão e dando espaço ao Federal Reserve para deixar as taxas de juros onde estão.

O JP Morgan Chase e o Barclays estavam entre as empresas que ajustaram suas previsões nesta terça-feira, para refletir uma trajetória econômica mais benigna, depois que EUA e China chegaram a um acordo no fim de semana para reduzir as tarifas impostas desde o início de abril.

Os economistas do JP Morgan agora veem a chance de uma recessão em menos de 50%. Já os economistas do Barclays não consideram mais a recessão em suas previsões. Ambos esperavam anteriormente que tarifas elevadas afetassem duramente consumidores e empresas, freando os gastos e a atividade econômica.

Os mercados financeiros também reajustaram os preços após o acordo EUA-China, reduzindo as apostas de que o Fed precisaria começar a cortar as taxas de juros até julho para amortecer uma recessão econômica. Os investidores agora preveem apenas dois cortes nas taxas de juros até o fim do ano, começando em setembro.

Um relatório do Departamento do Trabalho divulgado nesta terça-feira (13), mostrando que os preços ao consumidor subiram 2,3% em abril, no menor avanço anual em mais de quatro anos, solidificou essas apostas do mercado e a expectativa de que o Fed realizará cortes graduais nas taxas no final do ano.

“Havia um medo de que as tarifas elevassem a inflação, e isso ainda pode acontecer, mas os dados de hoje pelo menos dão aos investidores uma sensação de alívio de que a inflação ainda está indo na direção certa”, disse Jake Dollarhide, CEO da Longbow Asset Management.

Ainda assim, “a incerteza sobre as políticas tarifárias e as implicações para a inflação no futuro os manterão afastados por enquanto”, escreveram economistas da Raymond James.

Na semana passada, o Fed manteve os juros de curto prazo na faixa de 4,25% a 4,50%, onde estão desde dezembro.

O presidente do Fed, Jerome Powell, disse na época que até então não via nenhum sinal nos dados de uma economia em colapso e que, com a inflação ainda acima da meta de 2% do Fed e a política comercial evoluindo rapidamente, a decisão certa era esperar por mais clareza antes de ajustar as taxas.

Os preços ao consumidor subjacentes, excluindo alimentos e energia, que são voláteis, subiram a um ritmo acelerado de 2,8% em relação ao ano anterior, mostraram os dados desta terça-feira.

Além disso, os preços de alguns bens considerados vulneráveis a aumentos tarifários, como vestuário, carros e caminhões, permaneceram estáveis ou caíram, contrariando as expectativas. Isso ocorreu mesmo com a entrada em vigor das novas tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em março e abril.

Economistas continuam prevendo aumento nos preços dos produtos nos próximos meses devido às tarifas – que chegaram a 145% sobre as importações chinesas, até que a distensão no fim de semana reduziu a taxa para 30% para muitos desses produtos.

Mesmo com essa suspensão, as tarifas são muito mais altas e abrangem uma gama mais ampla de importações em geral do que em qualquer outro momento nos últimos 80 anos.

O governo Trump fechou apenas um acordo comercial desde que anunciou sua enxurrada de tarifas, em 2 de abril.

“Com pouca clareza sobre o status quo final da política comercial e com os formuladores de políticas do Fed provavelmente não conseguindo antecipar quaisquer desenvolvimentos de crescimento ou inflação, agora prevemos apenas dois cortes nas taxas do Fed (em vez de três) e acreditamos que o primeiro corte ocorrerá em setembro (em vez de julho)”, escreveu o economista-chefe da EY, Gregory Daco.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Mercado passa a ver chance menor de recessão nos EUA e alívio para Fed no site CNN Brasil.

Fonte: CNN Brasil

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