Uma massa de ar polar se aproxima e deve trazer frio para a região Centro-Sul do Brasil ao longo desta semana. O fenômeno ganha força a partir desta terça-feira (29) e manterá o clima mais ameno até a próxima semana, segundo a previsão do tempo.
Os estados que mais sentirão a queda nas temperaturas são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Nestas regiões, os termômetros podem registrar diminuição de 3ºC a 5ºC.
“Essa massa de ar polar tem potencial para ser a mais intensa do ano“, disse César Soares, meteorologista da Climatempo, ao G1.
Previsão do tempo: Chegada de massa de ar polar pode causar recordes de frio
“Como consequência da sua chegada e o encontro com a massa de ar quente que estava no ar até então, haverá instabilidades e quedas na temperatura que poderão resultar em recordes de frio tanto em São Paulo quanto na serra gaúcha”, explicou o meteorologista.
Para a capital paulista, a Climatempo prevê temperaturas mínimas de 14°C e máximas de 22°C na quarta-feira (30) e na quinta-feira (1º). O meteorologista destaca que, para os paulistanos, a principal preocupação durante o feriado não deve ser a chuva, mas sim as baixas temperaturas.
Para o interior de São Paulo, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta amarelo, indicando perigo potencial para chuvas intensas.
- Volumes de até 50 mm e rajadas de vento de até 60 km/h são esperados nas regiões de Sorocaba, Campinas, Vale do Ribeira, parte da Serra da Mantiqueira, Vale do Paraíba, litoral sul e baixada santista;
- O Inmet também emitiu um alerta de atenção para chuvas nas regiões de Presidente Prudente, Bauru, São José do Rio Preto e Franca.
Alerta de geada e chuvas em outras regiões
O Inmet alerta para a possibilidade de geada na região Sul, o que pode afetar as produções rurais no interior do Rio Grande do Sul, no meio-oeste de Santa Catarina e na área de General Carneiro, no Paraná.
Além disso, o litoral entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte deve registrar chuvas nesta terça-feira (29). Os volumes podem alcançar até 50 mm na região. Isso por conta da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).
Para quem não sabe: A ZCIT é formada pelo encontro de ventos na região do Equador. E costuma provocar chuvas intensas nas regiões Norte e Nordeste, segundo o Inmet.
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Alerta global: estudo identifica mudança inesperada no Ártico
A capacidade dos oceanos polares de remover carbono da atmosfera pode entrar em declínio, segundo um estudo do Centro de Pesquisa Polar iC3.
A pesquisa também identificou mudanças que comprometem o ecossistema de fiordes como Kongsfjorden, em Svalbard, um arquipélago norueguês situado no Ártico.
“As mudanças que observamos sugerem que o futuro desses ecossistemas de fiordes dependerá muito de quão bem eles se adaptarão a um clima mais quente”, afirmou Jochen Knies, principal autor do estudo.
Fiordes são grandes entradas de mar entre altas montanhas, geralmente formadas por erosão glacial. Eles são comuns em regiões polares e caracterizados por vales estreitos e profundos inundados pelo mar.
Sobre as descobertas
A equipe analisou a dinâmica do fitoplâncton, seres microscópicos que servem de alimento para peixes e também desempenham um papel fundamental no ciclo do carbono e na regulação do clima.
Esse tipo de “vida” é incentivada a prosperar à medida que o gelo recua, com a luz solar atingindo uma área maior da superfície do oceano. Verões ensolarados são momentos de crescimento para o fitoplâncton, aumentando sua produtividade.
No entanto, conforme a água atinge uma “estagnação”, os nutrientes essenciais tornam-se mais difíceis de acessar, levando a uma situação contraditória: apesar do aumento na biomassa do fitoplâncton, a eficiência da captura de carbono pode diminuir.
“Embora a previsão seja de uma maior produção primária, a realidade é que águas mais quentes e estratificadas podem prejudicar a capacidade dos fiordes de servirem como sumidouros de carbono eficazes”, disse Knies.
Saiba mais sobre o estudo nesta matéria do Olhar Digital.
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