O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta segunda-feira (12) do Fórum Ministerial China-CELAC em Pequim, ao lado de líderes de países da América Latina e Caribe, incluindo Colômbia e Chile. Antes da cúpula, Lula se reuniu com representantes de quatro grupos chineses — GAC, Windey Technology, Envision e Norinco — com interesse em investir ou expandir operações no Brasil.
Segundo Lula, os projetos discutidos envolvem áreas como veículos elétricos e híbridos, energia renovável, combustível de aviação, tecnologia, defesa e segurança pública.
“São projetos que vão fortalecer a posição do Brasil como maior referência mundial em transição energética”, escreveu Lula em publicação na rede social X. Segundo ele, os acordos envolvem parcerias com empresas brasileiras e incluem transferência de tecnologia e capacitação de mão de obra.
O fórum ocorre em um momento de distensão nas tensões comerciais entre China e Estados Unidos e amplia a influência chinesa em uma região historicamente próxima de Washington. Na segunda-feira (11), o chanceler chinês reuniu-se com representantes de Venezuela, Peru, Uruguai e Cuba, segundo informou o Ministério das Relações Exteriores da China.
De janeiro a setembro de 2024, o comércio bilateral entre China e países da América Latina e Caribe somou US$ 427 bilhões, de acordo com dados oficiais chineses. A China se destaca como principal compradora de matérias-primas da região, como minério de ferro, cobre e petróleo — produtos que dominam a pauta exportadora do Brasil.
Pouco depois do anúncio das reuniões de Lula com investidores chineses, a China e os Estados Unidos divulgaram um acordo para redução temporária de tarifas comerciais. As tarifas mútua foram cortadas de 125% para 10% por um período de 90 dias. A medida representa um alívio nas tensões entre as duas maiores economias do mundo, embora a China ainda enfrente uma tarifa adicional de 20% sobre produtos relacionados ao fentanil. As negociações foram concluídas no fim de semana na Suíça.
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Fonte: InfoMoney