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Lucro líquido cresce 38% no 1º tri e Latam melhora projeções para 2025

A Latam está revisando suas projeções para 2025, aproveitando um momento operacional favorável e uma demanda aquecida em suas rotas. A companhia aérea atualizou seu guidance para o ano, agora esperando um crescimento de 7% a 9% no total de ASK (assentos-quilômetro disponíveis), além de ajustes nas metas financeiras.

A nova previsão aponta para uma margem operacional ajustada entre 13% e 15% e um EBITDAR ajustado entre US$ 3,4 bilhões e US$ 3,75 bilhões, um aumento em relação à previsão anterior de US$ 3,25 bilhões a US$ 3,6 bilhões. Em termos de receita, o grupo estima um total entre US$ 14,0 bilhões a US$ 14,5 bilhões para 2025.

“A capacidade de adaptação operacional e financeira da Latam permite que a companhia se mantenha bem posicionada para enfrentar os desafios macroeconômicos e aproveitar as oportunidades na região”, afirmou Ricardo Bottas, CFO da Latam.

Desempenho sólido no primeiro trimestre de 2025

No primeiro trimestre de 2025, a Latam alcançou resultados financeiros fortes, com US$ 355 milhões de lucro líquido, um crescimento de 38% em relação ao mesmo período de 2024. A companhia registrou uma margem operacional ajustada de 16,8% e um EBITDAR ajustado próximo de US$ 1 bilhão, refletindo uma gestão disciplinada e uma demanda robusta por suas operações. O número de passageiros transportados cresceu 7%, superando 39 mil pessoas.

“Este trimestre recorde é resultado das decisões estratégicas tomadas de forma ágil e focadas sempre na experiência do cliente”, disse Jerome Cadier, CEO da Latam, em coletiva com jornalistas.

A receita operacional do grupo foi de US$ 3,411 bilhões, com um crescimento de 2,7% em relação ao ano passado. Esse aumento foi impulsionado por um crescimento de 1,6% nas receitas de passageiros e 9,8% nas receitas de carga. O crescimento no ASK (assentos-quilômetro disponíveis) foi de 7,3%, com destaque para um aumento de 10,7% nas operações internacionais.

Em relação ao CASK (custo unitário ajustado por assento-quilômetro disponível), o grupo conseguiu controlar bem os custos, com uma redução de 5,2%, para US$ 4, considerando o indicador que não inclui os gastos com combustível.

Rompimento de parceria com a Voepass

Após o acidente da Voepass em agosto de 2024, que deixou mias de 60 mortos no interior de São Paulo, a Latam rompeu sua parceria com a companhia. A Voepass, que entrou em recuperação judicial após o término da parceria, atribui sua crise financeira à decisão da Latam de encerrar o acordo.

A Latam, por sua vez, contesta a relação direta entre o fim da parceria e os problemas financeiros da Voepass. “O término da parceria foi motivado pelo acidente ocorrido em agosto de 2024 e suas consequências. Não há fundamento para responsabilizar a Latam, pois a situação financeira da Voepass é uma responsabilidade exclusiva da própria empresa”, afirmou Cadier.

Além disso, Jerome comentou sobre o impacto da ruptura nas operações. “Vimos algumas rotas em que conseguimos operar com as nossas próprias aeronaves, como, por exemplo, Ribeirão Preto. Já cuidamos dos passageiros que precisávamos e agora estamos aguardando a RJ e o processo de arbitragem entre as duas companhias”, completou.

Impactos das tarifas

O Latam Airlines Group está monitorando de perto os impactos das tarifas e ajustes de preços no mercado. Bottas mencionou que o setor já percebeu um impacto das tarifas nos mercados domésticos dos EUA, o que exige uma atenção contínua sobre a demanda e os potenciais aumentos de custos.

“Estamos observando de perto os efeitos das tarifas e o impacto sobre a demanda, especialmente no mercado doméstico dos EUA. No entanto, na América do Sul, não vimos impactos relevantes até o momento”, disse o CFO. A aposta da companhia está na relação desenvolvida com fornecedores para lidar com possíveis choques de custo, diz o CFO.

A empresa deve receber 26 aeronaves neste ano. Além de ter US$ 1,4 bilhão em capex para a região da América Latina. Em cinco anos, a perspectiva é de receber 120 aeronaves.

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