No primeiro trimestre de 2025, a LOG Commercial Properties, empresa de construção e gestão de galpões logísticos da família Menin, entregou nada menos do que 102,1 mil de metros quadrados de área bruta locável (ABL) — conseguindo garantir locação em todos os ativos e ajudando o lucro líquido da companhia a saltar 56,2% em comparação ao mesmo período do ano passado, para R$ 86,5 milhões.
As entregas foram realizadas nos empreendimentos LOG Cuiabá, LOG São José dos Pinhais e LOG São Bernardo do Campo — este último vendido desde o terceiro trimestre de 2024 — e representam 20% dos lançamentos do setor de galpões.
Com desconto na Bolsa, Log reforça aposta em reciclagem de ativos e recompra de ações
Os 100% de pré-locação das entregas levou a vacância total do portfólio da companhia a apenas 1,55%, um recorde puxado sobretudo pelo setor de e-commerce, conta o CEO da companhia, Sérgio Fischer. A receita líquida do grupo foi de R$ 55,3 milhões no trimestre, crescimento de 2,8% na mesma comparação.
“Entregamos um volume relevante no início do plano de crescimento, com um modelo de negócio que conta com uma diversificação geográfica. A alta taxa de pré-locação mostra não só a força do setor de galpões, como também do modelo de negócio da LOG e a força da nossa carteira de clientes”, afirma o CEO. Fischer afirma que os galpões foram locados para clientes da base da companhia.
O rendimento sobre custo (YoC) dos novos projetos se mantém em cerca de 13%, graças aos preços de construção controlados e aos aluguéis em alta, com a concorrência limitada aos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Esse desempenho reflete a estratégia da empresa de reciclar capital. O plano começou em 2023 e envolve a venda de ativos, onde a reciclagem de ABL existente financia novos projetos. Em 2024, foram R$ 1,5 bilhão em ativos reciclados, neste ano devem ser cerca de R$ 1 bilhão.
Plano de crescimento de 2 milhões de metros quadrados
Além de reciclar seus ativos, a LOG deu início à execução do plano de entregar 2 milhões de metros quadrados de ABL em 2028. O tíquete médio das entregas do trimestre foi de R$ 26,06, com uma estrutura de preços mais equilibrada em todo mercado nacional. A absorção bruta do trimestre totalizou 114,6 mil metros quadrados de ABL.
Em busca da meta, até o momento, já são 323,5 mil metros quadrados em construção, distribuídos em oito empreendimentos nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul do país.
Além disso, a LOG reportou ter um landbank contratado de 20 novos terrenos, totalizando 880 mil metros quadrados de ABL. Os novos projetos, somados às entregas e construções, já representam 65% do total necessário para o cumprimento plano até 2028.
Os números financeiros da LOG
Além da melhora operacional, a empresa tem melhorado seu balanço. A dívida líquida ajustada apresentou uma redução de 10,8% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 663,6 milhões ao final do primeiro trimestre de 2025. A alavancagem foi de 1,2x, comparada a 2,7x no mesmo período do ano anterior, refletindo maior disciplina financeira da companhia no período analisado.
Há um programa de recompra de ações aberto, com bastante saldo, segundo Fischer. “Fomos mais tímidos em recompra no primeiro trimestre por questões de capital. Afinal, nós compramos todo o capital que sobra. Mas entendemos que há um desconto muito grande na ação, então, enquanto houver desconto, continuaremos recomprando. O que vai ditar o ritmo e o apetite será o capital que virá com as vendas”, explica.
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