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Líderes árabes sobem tom contra Israel em meio a escalada de bombardeios

Líderes árabes reunidos em uma cúpula em Bagdá pediram neste sábado (17) o fim imediato da guerra em Gaza, acusando Israel, em linguagem mais dura, de tentar expulsar os palestinos do enclave após intensificar sua campanha de bombardeios.

Israel matou centenas de palestinos desde quinta-feira (15), em uma das ondas de bombardeios mais mortais desde o fim da trégua em março, mesmo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encerrando uma viagem ao Oriente Médio na sexta-feira (16).

O presidente do Egito, Abdel-Fatah al-Sisi, cujo país é um dos principais mediadores nas negociações de paz em Gaza, descreveu as ações de Israel como “crimes sistemáticos” que visam “obliterar e aniquilar” os palestinos e “acabar com sua existência na Faixa de Gaza”.

O primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Shia al-Sudani, anfitrião da cúpula, disse que Israel estava envolvido em genocídio.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que discursou na cúpula, disse que “nada justifica a punição coletiva do povo palestino”.

Após um cessar-fogo de seis semanas, Israel impôs um bloqueio total a Gaza e retomou sua campanha militar em março. Israel culpa os combatentes do Hamas por danos a civis por operarem entre eles, o que o Hamas nega.

O objetivo declarado de Israel é a eliminação das capacidades militares e governamentais do Hamas, que atacou comunidades israelenses em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1,2 mil pessoas e capturando mais de 250 reféns.

A campanha militar devastou o pequeno enclave, expulsando quase todos os seus 2,3 milhões de habitantes de suas casas e matando mais de 53 mil pessoas, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza.

Israel enfrenta crescente pressão internacional para retomar as negociações de cessar-fogo e permitir a entrada de alimentos e suprimentos médicos em Gaza. O chefe de ajuda humanitária da ONU, Tom Fletcher, perguntou ao Conselho de Segurança esta semana se o país agiria para “prevenir o genocídio”.

O primeiro-ministro do Iraque anunciou a criação de um fundo para ajudar a reconstruir os estados árabes após a guerra, com uma promessa inicial de US$ 20 milhões para Gaza e Líbano, onde áreas do sul foram destruídas no ano passado em uma campanha israelense contra o grupo Hezbollah.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Líderes árabes sobem tom contra Israel em meio a escalada de bombardeios no site CNN Brasil.

Fonte: CNN Brasil

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