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Líder da bancada ruralista na Câmara defende novo fundo de ocorrências sanitárias

Líder da bancada ruralista na Câmara defende novo fundo de ocorrências sanitárias

Em meio às investigações de casos suspeitos de gripe aviária no país, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) recebeu, na tarde desta terça-feira, o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. O ministro defendeu o aperfeiçoamento da legislação com aprovação de novas leis pelo Congresso. Deu como exemplo dois projetos – o que cria um fundo nacional sanitário para indenizar os produtores e outro que prevê pagamento de hora extra, através de um outro fundo, para os servidores públicos do Ministério da Agricultura.

Ao final da reunião, o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR) conversou com o InfoMoney. Ele defendeu as mudanças na legislação citadas pelo ministro e disse que as medidas adotadas até agora são boas, mas o setor ainda não está tranquilo. “Nós precisamos trabalhar com a questão orçamentária do Ministério da Agricultura para poder contrapor esse problema”, acrescentou.

Lupion também demonstrou apoio ao projeto que flexibiliza o licenciamento ambiental e está prestes a ser aprovado no Senado.

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Confira os principais trechos da entrevista concedida por Pedro Lupion:

InfoMoney – A Frente Parlamentar da Agropecuária está tranquila com as medidas que o Ministério da Agricultura está tomando?

Pedro Lupion – As medidas são contundentes, são boas medidas, mas tranquilidade a gente não tem. É algo que nos dá muita preocupação, é um tema que pode impactar muito fortemente todo o setor produtivo brasileiro. Eu sou do Paraná, então, eu preciso ter essa preocupação constante porque mais de 40% da carne é produzida lá. Então, a gente apoia as medidas, entende que as medidas são extremamente fortes, contundentes, seguem todos os protocolos exigidos mundialmente dos mercados para onde a gente vende, que receberam bem essas medidas. A gente está apoiando obviamente, mas preocupação sempre existe. 

IM – O que o senhor entende que ainda precisa ser feito? É preciso, por exemplo, compensação financeira para os prejuízos? 

PL – A compensação financeira é algo que a gente tem que falar depois. No momento, a gente precisa conseguir mitigar qualquer tipo de alastramento disso. Ou seja, qualquer surgimento de novos focos. E que a gente consiga conter esse problema especificamente no Rio Grande do Sul, na cidade Montenegro, e evitar que a gente tenha contágio em outros locais.

IM- O senhor acha que vai prejudicar a imagem do Brasil?

PL – O Brasil é um dos poucos países, aliás nós somos o terceiro do mundo em proteína animal, único dos grandes que vende para o mundo inteiro que não tinha nenhum foco. Não estou minimizando o problema, mas os nossos grandes concorrentes têm problemas muito mais sérios de sanidade do que nós. Então, acho que a gente está no caminho correto, estamos trabalhando nesse sentido e não vejo grandes prejuízos.

IM – O que a Câmara e o Senado podem votar para mitigar os problemas?

PL – A gente vai votar agora a questão da criação de um fundo de ocorrências sanitárias (…) vamos trabalhar com a questão do pagamento de horas extras para fiscais de defesa agropecuária – isso é super importante. Fizemos o trabalho do autocontrole das atividades agropecuárias, algo que também desburocratiza e simplifica o setor pra poder ter mais celeridade nos atendimentos. Nós precisamos trabalhar com a questão orçamentária do Ministério da Agricultura para poder contrapor esse problema todo, então, temos bastante trabalho aí na próxima semana para resolver.

IM – Tem apoio das presidências das duas Casas para dar prioridade a estas votações?

PL – Sem dúvida, isso é responsabilidade com o país. É um setor que representa praticamente 30% do Produto Interno Bruto (PIB), tem que ter esse respeito, essa preocupação e essa prioridade. Nós vamos trabalhar neste sentido.

IM – Em relação ao licenciamento ambiental, que está prestes a ser votado no Senado, qual a sua opinião?

PL – Acho que é um avanço extremamente importante para gente poder vencer os gargalos burocráticos, que a gente enfrenta principalmente nas grandes obras de infraestrutura do país. Não é uma questão apenas do agro, é uma questão de infraestrutura do país efetivamente – de rodovias, ferrovias, projetos de energia elétrica enormes, portos, aeroportos -, que hoje sofrem muito pela burocracia ambiental, principalmente, para esses licenciamentos e que a lei não está flexibilizando absolutamente nada. Está criando maneiras mais céleres de fazer esses licenciamentos e poder atender as demandas de um país que cresce tão rápido, então, que precisa do setor produtivo atuante pra poder segurar a economia.

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Fonte: InfoMoney

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