Os social-democratas (SPD) da Alemanha apoiaram um acordo de coalizão com os conservadores da CDU/CSU nesta quarta-feira, na etapa final para a formação de um governo na maior economia da Europa, e nomearam seu líder Lars Klingbeil como ministro das Finanças.
O apoio do SPD abre caminho para que o vencedor das eleições, Friedrich Merz, se torne chanceler em 6 de maio, depois que seus correligionários conservadores ganharam as eleições federais em fevereiro, mas não obtiveram a maioria.
Tanto o SPD quanto os conservadores descartam a possibilidade de governar com o partido Alternativa para a Alemanha, de extrema-direita, que obteve um histórico segundo lugar.
A pressão para a formação de um governo operante adquiriu uma nova urgência em um momento de fraqueza da economia alemã, aumento do desemprego e turbulência global provocada pelas tarifas de importação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Nas últimas duas semanas, os membros do SPD votaram no tratado de coalizão elaborado pelos líderes de ambos os partidos.
Na votação, que terminou na terça-feira pouco antes da meia-noite, 84% dos membros que participaram foram a favor do acordo, disse o partido, acrescentando que 56% dos cerca de 360.000 membros participaram da votação.
“Nestes tempos muito difíceis na política global, temos a responsabilidade pela nossa segurança, pelo crescimento econômico, pela garantia de empregos e pela igualdade de oportunidades”, declarou o secretário-geral do partido, Matthias Miersch.
O partido concordou em nomear seu colíder Klingbeil como vice-chanceler e ministro das Finanças, acrescentou Miersch posteriormente em uma coletiva de imprensa na base do partido em Berlim.
O partido nomeará seis outros cargos no gabinete a que tem direito até 5 de maio. Boris Pistorius, o popular ministro da Defesa do governo anterior, provavelmente manterá seu cargo.
“Acredito que agora chegamos ao fim de um processo que culminará na próxima semana com a formação de um governo estável na República Federal da Alemanha”, disse Miersch.
Reavivar a maior economia da Europa é uma das principais prioridades do próximo governo da Alemanha, especialmente devido aos temores de que uma guerra comercial desencadeada pelos anúncios de tarifas de Trump possa prejudicar ainda mais sua economia voltada para a exportação.
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