Um jovem de 17 anos, identificado como Fernando Vilaça da Silva, morreu após ser espancado no bairro Gilberto Mestrinho, em Manaus (AM). O garoto teria sofrido as agressões na madruga do último sábado (5). Ele morreu na segunda-feira (7) depois de ficar internado em estado grave.
A suspeita é de que ele tenha sido espancado ao reagir a ofensas homofóbicas proferidas por um grupo durante uma confraternização em via pública.
Fernando sofreu traumatismo craniano, hemorragia intracraniana e edema cerebral.
A CNN procurou a Polícia Civil de Amazonas e aguarda retorno para maiores esclarecimentos.
Posicionamentos sobre o caso
Em nota, o MDHC (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania) por meio da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, lamentou a morte do jovem.
Além disso, o órgão afirmou que “tais atos atentam diretamente contra os fundamentos constitucionais da dignidade da pessoa humana, da igualdade e da liberdade.” A pasta ainda reforçou que os crimes de LGBTQIAfobia foram reconhecidos como formas de racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Outro órgão que se posicionou sobre o caso de Fernando Vilaça foi a OAB-AM (Ordem dos Advogados do brasil, Seccional Amazonas). No comunicado, a Ordem também lamentou a morte do jovem e destacou que em 2022, Manaus registrou o maior índice de mortes violentas à comunidade LGBTQIAPN+ no país, segundo dados do Observatório de Mortes e Violências LGBTI+.
“Essa comissão externa solidariedade, apoio e estende as mãos à família do adolescente e destaca a necessidade de reflexão por toda sociedade amazonense do cruel massacre à população LGBTQIAPN+ vivido nos últimos tempos” diz a OAB-AM, em nota.
Fonte: CNN Brasil