A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, rebateu críticas nesta segunda-feira (19) após a repercussão de seu comentário sobre abusos cometidos pelo TikTok, feito durante encontro com o presidente chinês Xi Jinping, na semana passada. Janja afirmou que “não há protocolo” que a impeça de se manifestar em defesa de crianças e adolescentes.
“Eu quero dizer que a minha voz vai ser usada para isso. E foi para isso que ela foi usada na semana passada, quando me dirigi ao presidente Xi Jinping após a fala do meu marido sobre uma rede social. Como mulher, não admito que alguém me diga que eu tenho que ficar calada. Eu não me calarei quando for para proteger a vida das nossas crianças e dos nossos adolescentes”, afirmou Janja em evento do Ministério dos Direitos Humanos.
O presidente Lula já havia defendido a primeira-dama, afirmando que foi ele quem iniciou o tema durante o encontro com Xi Jinping, questionando o líder chinês sobre a possibilidade de enviar um representante de confiança para discutir a questão digital, especialmente relacionada ao TikTok. Segundo Lula, Janja pediu a palavra para explicar os abusos que ocorrem na rede social no Brasil, sobretudo contra mulheres e crianças.
O presidente chinês, por sua vez, respondeu que o Brasil tem o direito de regulamentar o TikTok e até mesmo bani-lo, caso considere necessário.
Lula critica vazamento e defende Janja
Durante a entrevista em Pequim, Lula criticou o vazamento da conversa ocorrida em uma reunião fechada, com a presença apenas de ministros e parlamentares. “Eu vi na matéria que um ministro estava incomodado. Se um ministro estivesse incomodado, ele deveria ter me procurado e pedido para sair. Eu autorizaria ele a sair de lá”, afirmou o presidente.
Janja também aproveitou o evento no Ministério dos Direitos Humanos para reforçar a necessidade de regulamentar as redes sociais no Brasil. Ela convocou mães a se unirem para pressionar o Congresso Nacional a aprovar uma legislação que proteja crianças e adolescentes no ambiente digital.
“Precisamos que as mães se unam numa voz forte que seja ouvida no Congresso Nacional, para que a regulamentação das plataformas aconteça. Não podemos continuar vivendo casos como o de uma menina de oito anos que morreu porque cheirou desodorante. Isso precisa ser tratado com seriedade, e não como fofoca de bastidor”, concluiu a primeira-dama.
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Fonte: InfoMoney
