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Israel x Irã: especialista explica se conflito realmente acabou

O professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador de Harvard, Vitelio Brustolin, revelou em entrevista à CNN que os Estados Unidos ainda buscam um acordo com o Irã para controlar parte do urânio do país. Esta declaração surge em meio a um cenário complexo envolvendo o programa nuclear iraniano e as recentes ações militares na região.

Segundo Brustolin, relatórios da CIA e da DIA (Agência de Inteligência de Defesa) indicam que o programa nuclear do Irã foi apenas parcialmente afetado pelos recentes ataques. “O relatório da DIA, por exemplo, diz que o programa nuclear do Irã foi atrasado em até seis meses, ou seja, que não teria sido totalmente destruído”, explicou o especialista.

Urânio altamente enriquecido ainda é preocupação

Um ponto crucial destacado por Brustolin é a presença de urânio altamente enriquecido em território iraniano. “Ainda restou urânio enriquecido dentro do Irã, enriquecido a 60%, que é muito acima do que civis usam”, alertou. Ele esclareceu que o urânio para fins civis é enriquecido apenas até 20% para fins medicinais e entre 3% e 5% para geração de energia.

A Agência Internacional de Energia Atômica da ONU reporta que 408 quilos de urânio enriquecido permanecem no Irã, em local desconhecido. Além disso, o país alega manter parte de sua infraestrutura de enriquecimento, incluindo centrífugas.

Mudança na postura americana

O especialista também comentou sobre a mudança na postura de Donald Trump em relação ao Irã. Inicialmente, Trump havia declarado que um acordo não era necessário, afirmando que o programa nuclear iraniano estava destruído. Contudo, agora ele busca um novo acordo, reconhecendo que o Irã ainda possui urânio com alto grau de enriquecimento.

“Ele busca um acordo com o Irã porque de fato o Irã ainda tem urânio com alto grau de enriquecimento, que pode chegar ao enriquecimento necessário para fazer bombas”, concluiu Brustolin, ressaltando a complexidade da situação geopolítica e nuclear na região.

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Fonte: CNN Brasil

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