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Israel aceita novo plano de trégua dos EUA em Gaza; proposta é criticada pelo Hamas

Israel aceita novo plano de trégua dos EUA em Gaza; proposta é criticada pelo Hamas

Israel aceitou uma proposta de cessar-fogo dos Estados Unidos para Gaza que, segundo autoridades israelenses familiarizadas com o assunto, prevê uma pausa de 60 dias nos combates e a retomada da distribuição de ajuda humanitária liderada pelas Nações Unidas no território palestino.

Ainda assim, não há sinais de que o fim da guerra de quase 20 meses entre Israel e Hamas esteja próximo. Embora o Hamas não tenha respondido oficialmente, criticou a proposta na noite de quinta-feira, classificando-a como unilateral.

A Casa Branca afirmou que Israel aprovou a proposta antes de ela ser apresentada ao Hamas, mas não divulgou os detalhes do plano. Dois funcionários israelenses confirmaram essa decisão.

16 de junho de 2025 - 00:38
Palestinos em um centro de distribuição de ajuda humanitária no Corredor Netzarim, centro da Faixa de Gaza, em 29 de maio. (Foto: Bloomberg)

De acordo com essas fontes, que pediram anonimato, outros termos do cessar-fogo proposto pelo enviado especial de Trump, Steve Witkoff, incluem a libertação de 10 reféns vivos por parte do Hamas e a devolução dos restos mortais de 18 pessoas que morreram em cativeiro.

Israel retomou parte das entregas de ajuda humanitária a Gaza após um bloqueio de 11 semanas, tentando excluir o Hamas do processo. A volta da distribuição sob liderança da ONU representaria a reversão de uma decisão anterior do governo israelense de marginalizar a organização.

As operações de uma nova ONG chamada Gaza Humanitarian Foundation (GHF) têm enfrentado dificuldades, incluindo cenas caóticas como multidões de palestinos invadindo um centro de distribuição de ajuda na terça-feira. A GHF começou a distribuir quantidades limitadas de suprimentos esta semana e afirma que está aumentando o volume de entregas.

O plano dos EUA também inclui negociações durante a trégua visando um fim permanente das hostilidades, que começaram em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou o sul de Israel, matando 1.200 pessoas e sequestrando cerca de 250.

Desde então, mais de 54 mil pessoas morreram em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.

O Hamas é classificado como organização terrorista pelos EUA, União Europeia e diversos outros países.

É improvável que a proposta atenda às exigências finais de qualquer um dos lados. O Hamas, que defende a destruição de Israel, exige a retirada total das forças israelenses de Gaza. Já o governo israelense quer que o grupo se desarme e se dissolva.

Bassem Naim, integrante da liderança do Hamas, afirmou em uma publicação no Facebook na quinta-feira que o novo plano é, essencialmente, uma proposta israelense que perpetua a ocupação de Gaza.

Ainda assim, os ativos financeiros de Israel subiram nesta semana, sugerindo que alguns investidores acreditam que um cessar-fogo está mais próximo. O shekel valorizou 2,3% frente ao dólar, uma das melhores performances globais. Além disso, os swaps de crédito do país — indicador de risco soberano — caíram desde a última sexta-feira.

©2025 Bloomberg L.P.

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Fonte: InfoMoney

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