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Irã pode rever adesão ao tratado de não proliferação nuclear, diz chanceler

O Irã poderia reconsiderar sua adesão a um tratado histórico que visa impedir a disseminação de armas nucleares após os ataques dos Estados Unidos e de Israel às suas instalações nucleares, sugeriu o ministro das Relações Exteriores do país.

“O ataque às nossas instalações nucleares certamente terá repercussões sérias e profundas no futuro do Irã”, afirmou Abbas Araghchi ao jornal catariano Al Araby Al Jadeed.

O Irã é membro do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), acordo criado para monitorar e impedir a disseminação global de armas nucleares, bem como promover o uso pacífico da tecnologia nuclear.

Quaisquer signatários do tratado que não possuam armas nucleares estão proibidos de buscá-las.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de fiscalização nuclear da ONU que monitora a adesão ao TNP, divulgou relatórios nos últimos meses afirmando que o Irã não respondeu a perguntas sobre seu programa nuclear.

Embora a República Islâmica tenha insistido que seu programa era pacífico, o país começou a enriquecer urânio até um nível próximo ao de armas.

Isso ocorreu depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se retirou, em seu primeiro mandato, de um acordo assinado em 2015 entre Teerã e potências internacionais.

No último fim de semana, Trump ordenou um ataque ao programa nuclear iraniano, que ele insiste ter destruído, embora um relatório vazado do Pentágono tenha afirmado que os ataques provavelmente só o atrasaram em alguns meses.

“Trabalhamos por muitos anos para demonstrar ao mundo que estamos comprometidos com o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e dispostos a trabalhar dentro de sua estrutura, mas, infelizmente, este tratado não foi capaz de nos proteger, nem ao nosso programa nuclear”, disse Araghchi.

O principal diplomata iraniano disse ao veículo que ainda é muito cedo para avaliar como o Irã reagiria, mas afirmou que “imaginaria” que a “visão do Irã sobre o programa nuclear e o regime de não proliferação sofrerá mudanças, cuja direção” ele “ainda não pode determinar”.

 

Fonte: CNN Brasil

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