O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu na Casa Branca jogadores da Juventus, da Itália, que participa da Copa do Mundo de Clubes. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, também esteve presente na reunião desta quarta-feira (18).
Pela presença do elenco do time italiano, quem estava assistindo poderia esperar que a conversa seria em torno do Mundial, que acontece neste mês nos EUA. Mas Trump foi perguntado e respondeu sobre o conflito entre Israel e Irã, assunto que tomou conta de grande parte da entrevista, enquanto os jogadores ficavam em pé atrás de sua cadeira no Salão Oval.
O presidente dos Estados Unidos também aproveitou o momento para perguntar a opinião dos jogadores e do técnico da Juventus sobre a participação de atletas trans no esporte.
O assunto surgiu durante uma resposta sobre o governo Joe Biden, seu antecessor. Trump começou dizendo que uma “caneta automática” comandou o país, o que considera um escândalo.
“Acho que uma caneta automática comandou a Casa Branca. Nós tivemos um presidente de caneta automática antes de mim. Acho que é um dos maiores escândalos da história desse país. Ele não estava tomando nenhuma decisão. Ele nunca foi a favor de fronteiras abertas, onde pessoas podiam vir de qualquer lugar do mundo, de prisões, de gangues, os traficantes, os mentalmente insanos. Nunca foi a favor de fronteiras abertas e nunca foi a favor de transgêneros, ou de homens jogando esportes femininos”, afirmou Trump.
Logo em seguida, o presidente se virou para trás e perguntou aos jogadores da Juventus o que achavam sobre o assunto.
“Uma mulher poderia entrar no time de vocês, rapazes? O que vocês acham? Uma mulher poderia entrar no time?”, questionou Trump.
A pergunta gerou constrangimento no elenco, que se entreolhou sem parecer saber o que responder. Por fim, o gerente geral da Juventus, Damien Comolli, destacou a força da equipe feminina do clube.
“Nós temos uma ótima equipe feminina”, disse o dirigente, que foi chamado de “diplomático” por Trump na sequência.
A participação de atletas trans em esportes femininos vem sendo um tema recorrente no governo de Trump. Em fevereiro, o presidente dos Estados Unidos assinou uma ação executiva que proíbe mulheres transgênero de competir em esportes femininos no país.
Em maio, Trump ameaçou cortar verbas federais da Califórnia caso uma aluna transgênero não fosse impedida de participar de uma competição feminina. A polêmica envolve A. B. Hernandez, uma estudante de 16 anos do ensino médio, cuja participação em um campeonato de atletismo gerou um debate nacional sobre a inclusão de atletas trans no esporte.
Depois de cumprir agenda na Casa Branca, a Juventus estreia no Mundial de Clubes também nesta quarta-feira (18) contra o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos. A partida será às 22h (horário de Brasília), no Audi Field, em Washington (DC).
Fonte: CNN Brasil