O inverno de 2025 deve apresentar mais episódios de frio no centro-sul do Brasil em comparação com os dois anos anteriores. A estação, que se estende até 22 de setembro, não terá a influência dos fenômenos El Niño e La Niña.
Pelo menos mais uma onda de frio deve aparecer entre julho e agosto.
“Difícil cravar exatamente quantas, mas eu acredito em pelo menos mais uma depois desta que será a terceira do ano. Para esse ano já era esperado um outono/inverno mais frio do que o normal, devido a ausência do El Nino que acabou influenciando os dois últimos invernos”, diz Alexandre Nascimento, diretor da Nottus meteorologia.
Uma onda de frio é definida quando a temperatura fica pelo menos cinco dias seguidos com 5ºC abaixo da média.
“Só pra ter uma ideia, ano passado o inverno foi em média de 3 a 5 graus mais quente do que o normal e neste ano será algo perto da média. O Pacífico está favorável a isso e o Atlântico também está favorável ao deslocamento das frentes frias e massas polares. Já houve duas ondas de frio em junho e está entrando a terceira. Tem expectativa de pelo menos mais uma até final de julho ou começo de agosto”, complementa Nascimento.
Inverno 2025
O avanço desta massa de ar pelo interior do Brasil pode levar ao estabelecimento de recordes de temperatura para o ano de 2025. Os episódios de frio devem ter distribuição ao longo da estação, sem concentração em um único mês.
A previsão para a estação inclui aumento na probabilidade de geada em áreas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste em relação aos invernos passados. A chance de ocorrência de neve na região Sul do país durante julho e agosto também aumenta em comparação com os anos de 2023 e 2024.
Para o fim do inverno, a expectativa é de ocorrência de chuva em áreas do Sudeste e do Centro-Oeste, com a formação de corredores de umidade em agosto e setembro.
Apesar dos episódios de frio maiores do que os últimos dois anos, a tendência é que a média de temperatura da estação ainda fique acima do padrão histórico em parte do Brasil, com períodos de calor no Centro-Oeste e no Tocantins.
Fonte: CNN Brasil