O setor financeiro, representado pelo Índice Financeiro (IFNC) e pelos principais papéis que o compõem — Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4) e Itaúsa (ITSA4) —, atravessa um momento de atenção redobrada na análise técnica.
Após fortes valorizações no ano, os ativos se encontram em regiões de suporte e resistência que podem definir os próximos movimentos do mercado. O analista da XP, Gilberto Coelho, detalhou os principais pontos gráficos que podem definir o rumo dos ativos no curto e médio prazo. A seguir, veja as análises completas.
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IFNC recua após alta e testa suporte crítico em 14.750 pontos
O Índice Financeiro (IFNC) chegou a acumular alta de 38% em 2025, ao oscilar entre 11.625 e 16.058 pontos. No entanto, o índice perdeu fôlego recentemente, o que provocou uma desvalorização e reduziu o ganho acumulado no ano para 26,78%, sinalizando um momento de cautela para novos posicionamentos.
“Ele vem negociando cerca de 3,3 bilhões de reais por dia, o que é bastante, se comparado aos 16,6 bilhões do IBOV”, destaca Coelho, reforçando a relevância do setor dentro do mercado brasileiro.
“Atualmente está abaixo da média de 21 dias com risco de realizações, mas tem bom suporte nos 14.750”, afirma Coelho. Isso significa que o índice tem um patamar relevante de defesa, e um fechamento abaixo desse nível poderia intensificar o movimento corretivo. “Se fechar abaixo pode buscar os 14.200 ou 13.550 em retorno à média de 200 dias”, complementa Coelho.
Por outro lado, há espaço para recuperação se o índice superar resistência. “O sinal de alta ficaria mais forte acima dos 15.350 projetando de 16.060 a 18.800 pontos”, explica. Para o investidor, o momento pede atenção ao comportamento próximo desses níveis relevantes.
Banco do Brasil (BBAS3) recua e opera em suporte
Entre as ações que compõem o Índice Financeiro, o Banco do Brasil se destaca de forma negativa no curto prazo. O papel apresentou forte correção em relação ao seu topo no ano. “Teve forte queda, saindo de um topo nos R$29,55 para marcar fundo em R$21,00”, observa o analista.
O cenário atual coloca BBAS3 em região de suporte e com potencial para buscar fechamento de gap em caso de repique. “Acima dos R$21,60 pode repicar na direção dos R$25,65 ou R$28,70 em um fechamento de gap” afirma Coelho. Isso abre espaço para quem busca operações de curto prazo mirando recuperação.
No entanto, o risco de continuidade da pressão vendedora ainda existe: “Abaixo dos R$21,00 pode buscar projeções nos R$19,90 ou R$18,70”, alerta o analista, indicando que a perda do suporte poderia acelerar a queda dos preços do ativo.
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Bradesco (BBDC4) em região de decisão
Bradesco se posiciona como um dos grandes destaques positivos do setor em 2025. A ação conseguiu entregar uma valorização expressiva, mas agora passa por uma fase decisiva tecnicamente. “Foi um dos maiores destaques de alta do setor saindo de uma mínima no ano de R$10,82 para marcar topo nos R$16,79, uma alta de 55%”, explica Coelho.
O gráfico mostra que o papel tem potencial para buscar alvos mais ambiciosos caso supere a resistência relevante. “Acima dos R$16,77 teria projeções nos R$19,13 ou R$22,90 por Fibonacci.”
Entretanto, os investidores devem estar atentos a possíveis sinais de realização: “Teria sinal de realização na perda dos R$15,55 mirando suportes nos R$14,80 ou R$13,15.”
Assim, BBDC4 se encontra em um momento de definição, onde o rompimento da máxima do ano ou a perda de níveis de suporte pode definir o próximo movimento do ativo.
Itaú Unibanco (ITUB4) sobe 50% no ano e testa suportes para manter alta
As ações de Itaú Unibanco (ITUB4) registraram forte valorização neste ano, renovando a sua máxima histórica em maio. “No ano, a ação saiu da mínima nos R$25,65 para buscar topo nos R$38,30, subindo cerca de 50%”, diz Coelho.
O desempenho reflete o bom momento do banco no cenário corporativo e no desempenho do setor como um todo. No cenário atual, o papel passa por um movimento de correção e se aproxima de uma região de suporte imediato. “Tem suportes nos R$35,50, R$34,00 e R$30,90”, indica o analista.
Para dar continuidade a seu movimento de alta, o papel precisaria confirmar o rompimento da resistência dos R$37,00. “O sinal de alta seria retomado com um fechamento acima dos R$37,00 mirando de R$38,30 a R$43,20,” destaca Coelho.
Itaúsa (ITSA4) sobe 43% no ano e testa suporte que pode definir novo movimento
Outro papel que apresentou forte valorização neste ano foi Itaúsa (ITSA4). O preço das ações saiu de um patamar bastante descontado no início do ano e chegou a sua máxima histórica. “Saiu de R$7,93 na mínima do ano para marcar topo nos R$11,41 em uma alta de cerca de 43%”, comenta Gilberto.
Porém, a ação trabalha em região de suporte que pode servir como base para nova tentativa de alta. “Agora vai testando suporte perto dos R$10,30.” Para dar continuidade ao movimento de alta é necessário romper a resistência. “Acima dos R$11,00 deve retomar sinal de altas com projeções nos R$11,41 ou R$13,50”, reforça Coelho.
No entanto, a perda deste suporte pode intensificar a pressão vendedora, o que abriria caminho para patamares de preços mais baixos. “Abaixo dos R$10,30 tem suportes em R$9,80 e R$9,45”, alerta o analista.
Guias de análise técnica:
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Fonte: InfoMoney
