O Ibovespa mostrava fraqueza nesta quinta-feira, sem conseguir se sustentar acima dos 137 mil pontos, enquanto Suzano avançava mais de 3%, após a companhia anunciar acordo para formar uma joint-venture global com a Kimberly-Clark
Por volta de 11h15, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,22%, a 136.702,08 pontos, após marcar 137.451,31 pontos na máxima e 136.623,76 pontos na mínima até o momento. O volume financeiro somava R$4,77 bilhões.
De acordo com o analista técnico Gilberto Coelho, da XP, o Ibovespa fechou em baixa (na quarta-feira) após uma tentativa de recuperação durante o dia, mantendo a média de 21 dias como resistência.
“Abaixo dos 136.100 pode seguir em realizações… O sinal de alta seria retomado com um fechamento acima dos 138.000”, afirmou, acrescentando em relatório que o IFR (índice de força relativa) apontou para baixo, favorecendo realizações.
Na visão da Ágora, a agenda esvaziada de divulgações no Brasil e a ausência de novidades em relação à tributação do IOF — e suas compensações — ajudam a reduzir o ímpeto de alguma recuperação no mercado brasileiro.
Em Wall Street, o S&P 500 cedia 0,21%, enquanto agentes seguem atentos a noticiário sobre negociações comerciais dos Estados Unidos e aguardam dados do mercado de trabalho norte-americanos previstos para a sexta-feira.
De acordo com a Ágora, dados recentes sinalizaram que a guerra comercial do presidente Donald Trump está prejudicando a maior economia do mundo, o que fez crescer as apostas de que haverá mais espaço para a atuação do Federal Reserve.
Destaques
– SUZANO ON avançava 3,09% após anunciar nesta quinta-feira acordo para formar uma joint-venture global com a Kimberly-Clark em que vai investir US$1,7 bilhão para ter 51% de participação em uma operação que envolve 22 fábricas de papéis sanitários, conhecidos como “tissue”, no mundo.
– MARFRIG ON mostrava queda de 2,49%, acompanhada de JBS ON, que recuava 1,73%, e BRF ON, com declínio de 0,34%. MINERVA ON subia 2,35%, após tombo de mais de 7% na véspera.
– ITAÚ UNIBANCO PN recuava 0,62%, mesmo viés de BRADESCO PN, que perdia 1,76%, e SANTANDER BRASIL UNIT, que cedia 0,48%, enquanto BANCO DO BRASIL ON subia 0,45%.
– PETROBRAS PN recuava 0,14%, mesmo com a alta dos preços do petróleo no exterior, uma vez que persistem receios sobre eventuais medidas envolvendo o setor. A estatal garantiu exclusividade na negociação para aquisição de nove blocos exploratórios localizados em áreas offshore da Costa do Marfim.
– MRV&CO ON saltava 5,24%, mais uma vez na ponta positiva do Ibovespa e bem acima da performance do índice do setor, que subia 0,34%. Analistas do JPMorgan reiteraram recomendação neutra para a ação, com preço-alvo de R$6, colocando o papel em último na ordem de preferência no setor.
– VALE ON subia 1,21%, mesmo com o declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na bolsa de Dalian encerrou as negociações diurnas em queda de 0,14%.
– GERDAU PN valorizava-se 4,09%, ainda embalada pelo potencial efeito positivo da alta de tarifas de importação para aço pelos Estados Unidos, em razão das operações da companhia no mercado norte-americano. CSN ON ganhava 0,36% e USIMINAS PNA cedia 0,19%.
– TOTVS ON caía 1,8%, tendo como pano de fundo relatório do UBS BB com corte na recomendação da ação para neutra, mas alta do preço-alvo de R$43 para R$49. Também no radar está notícia do Valor de que a empresa de tecnologia contratou o Morgan Stanley para vender sua participação na Dimensa.
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Fonte: InfoMoney