Após fechar pela primeira vez acima dos 139.000 pontos na véspera, o Ibovespa abriu em queda nesta sexta-feira, 16. Por volta das 10h25, o índice registrava perdas de 0,28%, aos 138.947 pontos. O dólar, na contramão, subia 0,33%, cotado a R$ 5,7018.
Na quinta-feira, 15, o índice fechou com alta de 0,66%, aos 139.334 pontos.
Ao longo do dia, vale acompanhar o desempenho dos papeis da BRF, que caíram 6,9% no after market em Nova York, após a companhia se tornar oficialmente uma subsidiária da Marfrig.
As ações do Banco do Brasil também devem ter movimentações fortes no pregão de hoje depois do balanço fraco publicado na noite de ontem. O banco reportou um lucro líquido ajustado de R$ 7,37 bilhões no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 20,7% na comparação anual, bem abaixo das projeções do mercado.
Ibovespa hoje
- IBOV: -0,28%, aos 138.947 pontos
- Dólar hoje: R$5,7018, alta de 0,33%
No radar hoje
A FGV divulgou nesta manhã que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da segunda quadrissemana de maio subiu 0,44%, abaixo da alta de 0,50% registrada na leitura anterior. Em 12 meses, o indicador acumula avanço de 4,40%. A desaceleração foi puxada, principalmente, pelo grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja variação negativa passou de -0,29% para -0,55%.
Também divulgado nesta sexta-feira, o Índice Geral de Preços – 10 (IGP–10) caiu 0,01% em maio, após recuo de 0,22% em abril. O indicador acumula alta de 1,22% no ano e de 7,54% em 12 meses. “Influenciadas pela dinâmica de preços no mercado internacional, as quedas do minério de ferro, óleo diesel e milho foram as principais contribuições para a queda do IPA. No IPC, os grupos transportes e alimentação contribuíram de forma mais significativa para a queda do IGP-10 de maio”, afirmou o economista do FGV Ibre Matheus Dias.
Nos Estados Unidos, foi divulgado que o número de novas moradias iniciadas em abril subiu 1,6%, para 1,361 milhão, abaixo da expectativa de alta de 2,7%. Já as licenças para construção caíram 4,7% no mês, para 1,412 milhão, resultado pior que a projeção de queda de 2,7%. Na comparação anual, os dois indicadores mostraram retração: -1,7% para as construções e -3,2% para as permissões.
No entanto, o principal indicador da agenda americana sai às 11h: é o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, que deve avançar para 53,4 com a trégua na guerra tarifária. O mesmo relatório trará as expectativas de inflação nos Estados Unidos.
Às 14h, a Baker Hughes divulga o número de poços e plataformas de petróleo em operação no país. Mais tarde, dois dirigentes do Fed fazem discursos que podem calibrar as expectativas do mercado: Tom Barkin fala às 19h e Mary Daly às 22h40.
Mercados internacionais
As bolsas da Ásia e do Pacífico encerraram o pregão desta sexta-feira, 16, sem direção única. No Japão, o índice Nikkei 225 fechou estável, enquanto o Topix avançou 0,05%. A economia japonesa contraiu 0,2% no primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior, superando a expectativa de queda de 0,1%.
Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,21%, mas o índice de small caps, Kosdaq, recuou 1,11%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,43%, e o CSI 300, que reúne as ações mais negociadas nas bolsas de Xangai e Shenzhen, teve baixa de 0,46%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 subiu 0,56%.
Na Europa, os mercados operam próximos da estabilidade nesta manhã. Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o índice europeu Stoxx 600 subia 0,04%; o FTSE 100, de Londres, ganhava 0,25%; o CAC 40, de Paris, avançava 0,07%; e o DAX, da Alemanha, subia 0,1%.
Nos Estados Unidos, os índices futuros avançam após quatro dias consecutivos de alta em Wall Street. Pouco antes da abertura do mercado, os futuros do Dow Jones subiam 0,25%, enquanto os do S&P 500 e os do Nasdaq 100 registravam alta de 0,28%.
Fonte: Exame