O Ibovespa abre em queda nesta sexta-feira, 23, após o governo anunciar a revogação do aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos de fundos nacionais no exterior. A revogação foi anunciada pelo governo federal na noite da última quinta-feira, 22, horas após a medida ter sido divulgada.
Por volta das 10h10 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 1,35%, aos 135.315,80 pontos.
Na véspera, o índice fechou com baixa de 0,44%, aos 137.272 pontos.
O dólar, às 10h20, operava em alta de 0,50%, cotado a R$ 5,7440, após a disparada de ontem.
Ibovespa hoje
- IBOV: -1,35% a 135.315 pontos.
- Dólar hoje: +0,50%, a R$ 5,7440.
No radar
O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou para 0,39% na terceira quadrissemana de maio, após alta dde 0,44% na leitura anterior, segundo dados divulgados pelo FGV Ibre nesta manhã. Em 12 meses, o índice acumula avanço de 4,35%.
O noticiário corporativo traz como destaque a assembleia de acionistas da JBS, que irá votar a proposta de dupla listagem das ações da companhia.
Também no radar está a palestra do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, marcada para as 14h em seminário da FGV IBRE.
Galípolo deve ser observado de perto, sobretudo após o recuo do Ministério da Fazenda sobre o aumento do IOF para remessas de fundos de investimento ao exterior — uma medida que havia sido anunciada na tarde de quinta-feira e revertida poucas horas depois, após forte reação negativa do mercado e temor de instabilidade cambial.
Já no fim da tarde, às 16h30, o diretor do Banco Central Paulo Picchetti encerra o dia com outra palestra na FGV IBRE.
Nos Estados Unidos, o único indicador de peso previsto para o dia é o dado de vendas de moradias novas em abril, que será divulgado às 11h (horário de Brasília). Ainda por lá, o mercado aguarda falas de dirigentes do Federal Reserve. Alberto Musalem e Jeffrey Schmid participam de um evento pela manhã, enquanto Lisa Cook discursa às 13h.
Na pauta política, os investidores estão atentos a quinta rodada das negociações nucleares entre EUA e Irã, que acontecem em Roma.
Mercados internacionais
Os mercados internacionais operam sem direção definida nesta sexta-feira, 23. O Nikkei, do Japão, subiu 0,47%, após dados mostrarem que a inflação central do país acelerou para 3,5% em abril — puxada por preços de alimentos como o arroz. Em Singapura, a inflação também veio acima do esperado, reforçando preocupações com pressões inflacionárias na região.
Na Europa, os principais índices operavam mistos por volta das 7h20 (horário de Brasília), após a divulgação de dados que mostraram recuperação da economia na região. O PIB da Alemanha cresceu 0,4% no primeiro trimestre deste ano, o melhor desempenho trimestral desde 2022, impulsionada por uma recuperação maior do que a prevista na indústria e nas exportações. No Reino Unido, as vendas no varejo subiram 1,2% em abril, também acima do esperado.
O índice europeu Stoxx 600 recuava 0,03%, enquanto o FTSE 100, de Londres, subia 0,09%. Em Frankfurt, o DAX avançava 0,17%, puxado pelo dado revisado de crescimento de 0,4% no PIB alemão do primeiro trimestre. Já em Paris, o CAC 40 caía 0,42%, contrariando a tendência dos pares.
Nos Estados Unidos, os futuros de Wall Street operavam em leve baixa no mesmo horário. Os contratos futuros do Dow Jones caíam 0,12%, enquanto os do S&P 500 recuavam 0,09% e os do Nasdaq perdiam 0,07%. Por conta do feriado de Memorial Day, na segunda-feira, 26, o mercado fechará às 15h.
Fonte: Exame