O CEO da OpenAI, Sam Altman, afirmou que os agentes de inteligência artificial já superam colaboradores juniores na execução de tarefas complexas, antes dependentes de supervisão humana constante. A declaração foi feita durante o Snowflake Summit 2025, principal evento da Snowflake Computing, realizado nos Estados Unidos.
“Você ouve pessoas dizendo que o trabalho delas agora é atribuir tarefas a vários agentes, avaliar a qualidade, entender como tudo se encaixa, dar feedback… e isso soa muito parecido com o trabalho de um gestor com uma equipe de funcionários ainda relativamente juniores”, afirmou Altman em conversa com o CEO da Snowflake, Sridhar Ramaswamy.
Segundo ele, a IA avança para além da automação básica e, em casos limitados já no próximo ano, poderá contribuir ativamente na descoberta de novos conhecimentos e na resolução de problemas empresariais não triviais.

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Empresas já exigem justificativa para contratações humanas
Altman destacou que as empresas estão repensando a estrutura de suas equipes. A plataforma Shopify, por exemplo, passou a solicitar que gestores justifiquem a contratação de novos funcionários caso as funções não possam ser desempenhadas por IA. Já o Duolingo anunciou planos para substituir trabalhadores terceirizados por agentes automatizados.
Essas mudanças se refletem também no mercado de trabalho. Um levantamento da Revelio Labs, citado pelo Business Insider, mostrou que a proporção de vagas realizáveis por IA caiu 19% desde o lançamento do ChatGPT, em 2022.
As posições mais afetadas foram cargos de administração de banco de dados e especialistas em TI, que registraram queda de 31% nas contratações.
Codex e GPT-4.5 ampliam a automação inteligente
Em fevereiro, a OpenAI lançou o GPT-4.5, que Altman classificou como “o primeiro modelo que realmente parece conversar como uma pessoa reflexiva”. Ele reforçou que se trata de uma tecnologia cara e exigente em infraestrutura, atualmente restrita aos usuários do plano Pro da OpenAI.
Outro lançamento foi o Codex, agente de IA capaz de escrever e testar códigos, interagir com softwares externos e realizar ações práticas, como fazer reservas em restaurantes. A ferramenta já está em uso interno por engenheiros da empresa, ampliando o escopo da automação para além do texto e do suporte técnico básico.
Risco a cargos iniciais reacende debate sobre empregos
Na mesma semana, Dario Amodei, CEO da Anthropic, alertou que a IA já tem capacidade para substituir até 50% dos empregos de nível júnior. A análise corrobora a visão de Altman, que propõe que os humanos passem a atuar como gestores de “equipes digitais”, reconfigurando a lógica da supervisão e da produtividade.
A perspectiva indica que o impacto da inteligência artificial nas estruturas organizacionais será profundo e contínuo — e que a reinvenção do trabalho humano será inevitável, inclusive em níveis mais criativos e estratégicos.
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Fonte: InfoMoney