Foto: Divulgação | Hapvida
As ações da Hapvida (HAPV3) foram destaque de queda do Ibovespa na sessão desta quarta-feira (25), com baixa de 5,52% (R$ 35,77), retomando o viés negativo, após o avanço na véspera vindo de duas quedas seguidas.
Em relatório na última terça-feira, os analistas do Goldman Sachs destacaram que a desaceleração em maio nos volumes de judicialização relacionada à saúde suplementar não necessariamente se traduzem em alívio imediato de provisões da Hapvida, já que, segundo comentários da administração, a empresa ainda lida com um volume relevante de processos pendentes.
O Goldman, por sua vez, avaliou que, embora os dados mais recentes indiquem uma desaceleração ainda tímida nos volumes de judicialização na saúde suplementar, isso pode sinalizar uma redução nas contingências e nos depósitos judiciais no setor — uma das principais preocupações dos investidores, inclusive no caso da Hapvida, para a qual a casa mantém recomendação de compra.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou ontem (24) dados mostrando que 24.142 novas ações relacionadas à saúde suplementar foram ajuizadas em maio de 2025. O número representa uma desaceleração em relação aos três meses anteriores, que registraram entre 26 mil e 27 mil novos processos por mês, e também está abaixo do volume de maio de 2024, quando houve 27,2 mil novos casos.
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O banco pondera que esse movimento não deve representar alívio imediato nas provisões da Hapvida, já que, segundo a própria administração da companhia, ainda existe um volume relevante de ações pendentes. O Goldman indica que será necessário monitorar os próximos meses para avaliar se a desaceleração observada se consolida como uma tendência estrutural.
O relatório também destaca que a Hapvida já apresentou redução nas contingências no 1T25, reflexo de melhorias na gestão de sinistros — como maior número de acordos com beneficiários, padronização de processos e controle mais rígido sobre obrigações contratuais.
A instituição mantém a visão positiva sobre o papel, afirmando que os níveis atuais de valuation — com Preço/Lucro ajustado de 10,1 vezes para 2025 e 8,8 vezes para 2026 — representam um bom ponto de entrada, com potencial de reprecificação à medida que o tema da judicialização for superado.
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Fonte: InfoMoney