A guerra na Ucrânia não vai acabar “em breve”, disse o vice-presidente dos EUA JD Vance durante uma entrevista à Fox News, nesta quinta-feira (1).
Está nas mãos dos “russos e ucranianos agora que cada lado sabe quais são as condições de paz. Vai ser até eles chegarem a um acordo e parar este conflito brutal”, disse Vance ao apresentador da Fox News, Bret Baier.
“Não vai a lugar algum, Bret. Não vai acabar tão cedo,” acrescentou Vance.
Declaração vem em meio a pressão dos Estados Unidos para um acordo entre Moscou e Kiev. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse nesta semana que chegou a hora de a Rússia e a Ucrânia apresentarem propostas concretas para acabar com a guerra na Ucrânia e, se não houver progresso, os EUA vão se afastar como mediadores.
“Estamos agora em um momento em que as duas partes precisam apresentar propostas concretas sobre como encerrar esse conflito. Como procederemos a partir daqui é uma decisão que cabe agora ao presidente. Se não houver progresso, nós nos afastaremos como mediadores nesse processo”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, citando declaração de Rubio.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
O conflito na Ucrânia, que começou com a invasão russa em larga escala em fevereiro de 2022, continua sendo marcado por violência e mortes de civis.
Recentemente, dois mísseis balísticos russos atingiram Sumy, no norte da Ucrânia, matando 34 pessoas e ferindo 117. Este foi o ataque mais mortal na Ucrânia neste ano.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky condenou veementemente a ofensiva e fez um novo apelo por mais ações contra Moscou. Ele também pediu que o presidente dos EUA, Donald Trump, visitasse a Ucrânia. Zelensky expressou dúvidas sobre o apoio contínuo dos Estados Unidos a longo prazo, embora reconheça que os EUA são um parceiro estratégico.
Os dois líderes tiveram uma reunião tensa no Salão Oval neste ano, marcada por uma troca de farpas diante da imprensa.
O presidente ucraniano pediu que os EUA participassem de um esforço internacional de paz, ajudando a proteger o espaço aéreo ucraniano.
A Rússia nega ter como alvo civis, mas milhares foram mortos e feridos desde o início da invasão.
Os russos atualmente controlam cerca de 20% do território ucraniano no leste e sul.
A Ucrânia está compartilhando informações sobre supostos crimes de guerra com parceiros internacionais, e o Tribunal Penal Internacional investiga os casos.
Sob a administração Trump, os EUA realizaram conversas com representantes russos e ucranianos em uma tentativa de acabar com as ofensivas.
Apesar de acordos de cessar-fogo terem sido anunciados, as duas partes continuam trocando ataques.
O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, se reuniu com Putin para discutir um acordo de paz, mas os ataques recentes vêm mostrando uma fragilidade dos esforços de paz e a continuidade do conflito.
*Com informações da Reuters
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