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Governo vê margem para mitigar efeitos da MP do setor elétrico na indústria

Uma ala da Esplanada dos Ministérios avalia que há margem para mitigar os impactos da medida provisória (MP) do setor elétrico na indústria, conforme apurou a CNN.

Apesar da MP ter validade imediata, as ações previstas na reforma serão implementadas de forma gradual.

Além disso, a MP ainda precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal dentro de um prazo de até 120 dias, a partir da data da sua publicação. Se não for votada, perde a validade. Durante a tramitação, o texto pode ser alterado.

Na avaliação de fontes consultadas pela CNN, haverá tempo para diálogo entre os setores da economia, o Ministério de Minas e Energia e demais pastas da Esplanada, de modo a reduzir o repasse do aumento do custo da energia à indústria.

De acordo com simulações realizadas pela Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace), a reforma do setor elétrico deverá aumentar em cerca de 20% o custo da energia para a indústria, influenciando o preço de itens da cesta básica, como pão e leite.

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a MP do setor elétrico vai piorar as condições do setor. No primeiro trimestre deste ano, o segmento recuou 0,1%. A entidade atribuiu o resultado à alta na taxa básica de juros, que está em 14,75% ao ano.

Entre os fatores que contribuem para o aumento da energia para a indústria, está a entrada dos consumidores livres (principalmente indústrias) no rateio das despesas para o funcionamento das usinas nucleares de Angra 1 e 2. Até então, essa divisão era feita entre os consumidores cativos (residências e pequenos comércios).

Outro ponto desfavorável ao setor industrial é o fim do desconto de 50% na chamada “tarifa-fio” (tarifas que remuneram especificamente os serviços de transmissão e distribuição de energia) para os consumidores livres.

Atualmente, esse desconto é concedido a grandes consumidores de energia proveniente de fontes renováveis, como parques eólicos, fazendas solares e pequenas centrais hidrelétricas.

Também contribui para o aumento da conta de luz da indústria a ampliação da isenção do da conta de luz para as famílias de baixa renda. A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) arca com os subsídios nas tarifas de energia, e o custo é bancado por todos os consumidores.

A MP amplia a isenção da conta de luz para 60 milhões de pessoas. O governo federal estima que o custo da medida é de cerca de R$ 3,6 bilhões anuais.

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Fonte: CNN Brasil

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