A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou neste domingo (4) que a proposta de fim da escala 6×1 será uma das prioridades do governo junto ao Congresso Nacional.
Em publicação nas redes sociais, a ministra declarou que o tema será debatido nas comissões pertinentes da Câmara com envolvimento da sociedade, e defendeu que é possível avançar com diálogo e decisão política. “Mais empregos, desenvolvimento e justiça para os trabalhadores(as) é o que precisamos promover”, afirmou.
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A medida se refere à PEC de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), protocolada em fevereiro deste ano, que propõe a substituição da atual jornada de seis dias de trabalho e um de descanso por um modelo de quatro dias de trabalho e três de folga (escala 4×3), com carga semanal de até 36 horas e limite diário de 8 horas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também mencionou o tema em seu pronunciamento pelo Dia do Trabalhador, no último dia 1º de maio. Segundo Lula, é hora de o Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade “para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”.
A proposta ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), antes de seguir para comissão especial e votação em plenário. Para ser aprovada, precisa do apoio de ao menos 308 deputados em dois turnos. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que haverá mobilização da base para garantir a aprovação e ressaltou que o tema é “suprapartidário e urgente”.
O projeto ganhou força em 2023, com a viralização de um vídeo do então balconista Rick Azevedo nas redes sociais, dando origem ao movimento “Vida Além do Trabalho” (VAT), que recolheu mais de 1,3 milhão de assinaturas.
Apesar do apelo popular, a proposta enfrenta resistência de parte do Congresso e do setor empresarial, que teme aumento dos custos operacionais. A Confederação Nacional do Comércio (CNC), por exemplo, já se posicionou contra a mudança.
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Fonte: InfoMoney
