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Governo brasileiro vê ameaça de Trump como prova da relevância do Brics

7 de julho de 2025 - 18:42Líderes dos países do Brics posam para foto durante reunião de cúpula no Rio de Janeiro
06/07/2025
REUTERS/Pilar Olivares

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A ameaça do presidente norte-americano, Donald Trump, de taxar os Brics e quem se associar ao grupo de países emergentes confirma a importância do bloco e de sua defesa do multilateralismo e das regras internacionais de comércio, disseram nesta segunda-feira (7) à Reuters fontes do governo brasileiro.

Na noite de domingo, depois do primeiro dia de cúpula do Brics no Rio de Janeiro, Trump usou sua rede social para dizer que países que se alinhem ao que chamou de “políticas antiamericanas do Brics” terão uma sobretaxa de 10% nas suas exportações para os EUA, e “não haverá exceção a essa regra”.

As nações do Brics que participam da cúpula no Rio rechaçaram a acusação de Trump de que o bloco de países emergentes é antiamericano. “Nós não fizemos nada contra os Estados Unidos. Nós achamos os Estados Unidos um grande parceiro”, disse o assessor especial da Presidência brasileira, embaixador Celso Amorim, em entrevista à CNN Brasil.

É esperado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fale com jornalista no início da tarde desta segunda-feira, e ele deve comentar as ameaças do presidente norte-americano.

“Se for perguntado ele deve reforçar que o bloco não é contra ninguém e que esse tipo de ação só reforça a necessidade de ação de grupos como o Brics”, disse uma fonte próxima a Lula.

Em declaração oficial aprovada no domingo, o Brics criticou a “proliferação de ações restritivas ao comércio” e medidas tarifárias e não tarifárias “que distorcem o comércio e são inconsistentes com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC)”.

A organização, no entanto, está paralisada há 15 anos, desde que os EUA deixaram de indicar um membro para a segunda instância do sistema de solução de controvérsias.

“Com uma OMC totalmente funcional seria impensável usar tarifas para fazer bullying com outros países”, disse uma segunda fonte do governo brasileiro.

Desde o início de seu mandato Trump tem feito ameaças ao Brics e tenta colar uma pecha de antiocidente ao bloco. A primeira, ao apontar que os países teriam 100% de tarifas se adotassem uma moeda que não o dólar para fazer transações.

Diplomatas brasileiros sempre ressaltam que não há nada no bloco que autorize essa visão, mesmo que o bloco una China e Rússia, porque entre os membros há também aliados dos EUA.

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Fonte: InfoMoney

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