O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos anunciou nesta segunda-feira, 28, os detalhes da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU). Com 3.352 vagas distribuídas entre 35 órgãos federais, o processo seletivo reforça o compromisso do governo com a democratização do acesso ao serviço público, segundo a ministra Esther Dweck.
“O CNU é uma política pública de sucesso, inovadora, que reforça a certeza do nosso governo de que a garantia de bons serviços públicos à população está ancorada nas pessoas que fazem o nosso Estado funcionar”, afirmou a ministra, durante coletiva à imprensa.
O que muda na nova edição do CNU
Entre as principais novidades do CNU 2 está a divisão das provas em duas fases. A prova objetiva está prevista para 5 de outubro, para todos os candidatos. Já a prova discursiva será realizada em 7 de dezembro, apenas para os habilitados na primeira fase — até nove vezes o número de vagas de cada cargo, respeitando ampla concorrência e cotas para negros e pessoas com deficiência.
Outra mudança é o reforço na segurança do concurso: todas as páginas das provas terão código de barras individualizado para cada candidato, dificultando fraudes.
O modelo de blocos temáticos será mantido. Os cargos serão organizados em nove blocos, permitindo que o candidato se inscreva para diversas carreiras dentro de um mesmo tema, com a definição de ordem de preferência.
As provas serão aplicadas em 228 municípios em todo o Brasil, reforçando o objetivo de democratizar o acesso.
Dicas para o CNU 2025
O momento exige uma preparação estratégica, segundo Eduardo Cambuy, professor da Gran Concursos. “Antes do edital, a principal dica de estudo é se dedicar aos conhecimentos gerais, como políticas públicas, finanças, princípios do direito administrativo e constitucional e realidade brasileira”, afirma. “Já em relação aos conteúdos específicos, isso é mais variável, porque depende muito de quais órgãos vão aderir ao concurso.”
Cambuy alerta ainda para a importância de se manter atualizado sobre os temas que podem aparecer nas provas. “Não necessariamente para redação, mas temáticas econômicas, políticas e ambientais devem aparecer na prova, como COP30, Amazônia, Direitos Humanos (tráfico de pessoas, órgãos, animais) e políticas públicas em geral. Então é importante se manter atualizado e ter familiaridade com os temas.”
Outro ponto de atenção é a escolha de cargos na hora da inscrição. “Um grande erro dos candidatos na edição passada foi não saber indicar as preferências dos cargos e especialidades. Nível de facilidade, maior número de vaga, remuneração, localidade… São muitos fatores, mas se você passar na ‘de cima’, não vai entrar na ‘de baixo’. Então pense: você passou em tudo, qual é a sua primeira opção de fato?”, destaca Cambuy.
Principais cargos e vagas
O CNU 2 irá preencher vagas em novas carreiras transversais criadas pelo governo federal:
- Analista Técnico de Justiça e Defesa: 250 vagas, para atuação em ministérios como Defesa, Justiça e Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
- Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico: 250 vagas, com foco em políticas públicas de desenvolvimento econômico, regional e agrário.
Também serão abertas 1.000 vagas para Analistas Técnicos Administrativos (ATA), a serem distribuídas conforme o Dimensionamento da Força de Trabalho (DFT), ferramenta que avalia as necessidades de pessoal no serviço público.
Além disso, nove agências reguladoras, como a Agência Nacional de Mineração (ANM), receberão reforço com 400 novas vagas (60 para nível superior e 340 para nível médio).
Segundo Cambuy, entender a divisão dos blocos e o direcionamento de estudos será essencial após a divulgação do edital. “Pós-edital, é preciso ver os pesos de cada eixo. A banca deve divulgar isso e o edital vai ser importante para direcionar os estudos do candidato nessa parte. Agora é hora de estudar de forma linear.”
Destaque para a diversidade regional
A nova edição do concurso também traz uma distribuição regionalizada de vagas, contemplando diferentes estados:
- Rio de Janeiro: 315 vagas (em órgãos como INTO, INC, INCA e Biblioteca Nacional);
- São Paulo: 65 vagas (Fundacentro);
- Pará: 66 vagas (Instituto Evandro Chagas e Centro Nacional de Primatas);
- Pernambuco: 20 vagas (Fundação Joaquim Nabuco).
As demais vagas são destinadas a órgãos com sede em Brasília.
Cronograma previsto
- Edital e início das inscrições: julho de 2025
- Prova objetiva: 5 de outubro de 2025
- Prova discursiva (para habilitados na primeira fase): 7 de dezembro de 2025
- Divulgação dos resultados: fevereiro de 2026
O governo promete divulgar em breve a tabela completa de cargos e órgãos participantes do CNU 2.
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