Quatro gerações dividem hoje o mesmo espaço nas organizações: baby boomers, geração X, millennials e geração Z. Para alinhar propósitos, engajar talentos e impulsionar resultados dos mais jovens, as empresas precisam ir além do discurso e adotar uma comunicação mais personalizada, que respeite as características e prioridades de cada grupo geracional.
As novas gerações no mercado de trabalho, os profissionais da GenZ têm provocado reflexões importantes sobre o futuro das relações nas empresas. Para entender melhor suas expectativas, o Top Employers Institute realizou o levantamento “Geração Z: O novo pertencimento e o impacto no negócio“, ouvindo profissionais de empresas certificadas em 125 países, incluindo o Brasil.
Raphael Henrique, gerente regional para a América Latina da organização, frisa que três fatores se destacam entre os mais valorizados por esses jovens na hora de escolher uma empresa. “Desenvolvimento profissional, ambiente seguro e saudável e estabilidade financeira da empresa”, aponta.
O estudo mostra que 82% da geração Z no Brasil prioriza o desenvolvimento contínuo. Já 81% apontam bem-estar e saúde mental como aspectos essenciais, enquanto 54% valorizam empresas com valores e propósitos claros. A escuta ativa e a participação nas decisões também são fundamentais: esse aspecto é considerado essencial por 85% dos entrevistados brasileiros.
Comunicação personalizada e lideranças conectadas
Para Henrique, adaptar a linguagem e os canais de comunicação é decisivo para envolver diferentes gerações no ambiente corporativo. “Personalização é a palavra-chave neste processo. A empresa que conseguir personalizar sua comunicação para se conectar com as diferentes gerações, sem dúvida terá mais efetividade nos resultados”, afirma o executivo.
Mônica Vargas, superintendente nacional de Operações de Atendimento no CIEE, reforça a importância das lideranças nesse processo. “Como vamos falar com cada profissional das diferentes gerações?”, questiona. De acordo com ela, é papel dos gestores entender como dialogar com cada geração para que os propósitos individuais estejam alinhados à cultura organizacional.
Engajamento e reputação para a geração Z
Mais do que uma marca empregadora forte, a geração Z busca consistência entre discurso e prática. “É preciso investir em EVP (Employee Value Proposition ou Proposta de Valor ao Colaborador) para construir experiências reais que gerem engajamento, cuidado e conexão com as pessoas”, afirma Raphael Henrique.
E ele destaca ainda que esse olhar vai além dos jovens: diz respeito a uma nova régua de maturidade profissional. Refletindo sobre reputação e permanência nas empresas, o executivo ainda levanta um alerta. “Se a experiência vivida não acompanha a promessa, a reputação que atrai hoje pode acabar afastando amanhã”, diz o gerente regional do Top Employers Institute.
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Fonte: InfoMoney