O Google vai permitir que crianças menores de 13 anos usem o Gemini. Em comunicado enviado aos pais, a big tech alertou para os riscos da inteligência artificial e pediu que os mais velhos ensinem os mais novos a ter pensamento crítico.
O acesso vale apenas para crianças com contas Google gerenciadas pelos pais, através de um serviço chamado Family Link, que funciona como uma espécie de controle parental.

Google vai liberar Gemini para crianças
De acordo com o New York Times, o pai de uma criança de oito anos nos Estados Unidos recebeu um e-mail dizendo: “os aplicativos Gemini estarão disponíveis em breve para o seu filho”. Entre as aplicações, a empresa citou a possibilidade de fazer perguntas, inventar histórias e receber ajuda para a lição de casa.
O acesso vale apenas para crianças com conta Google administrada pelos pais através do Family Link. Nele, os próprios responsáveis liberam o acesso.
Ao jornal, o porta-voz da companhia, Karl Ryan, explicou que o Gemini possui proteções específicas para usuários mais jovens, como para impedir que a IA gere conteúdos inseguros. Além disso, o chatbot não vai usar os dados de contas de crianças para treinar a tecnologia.
A liberação deve acontecer já na próxima semana, mas o Google avisará novamente os pais.

Empresas querem atrair público jovem para a IA
Ainda de acordo com o NYT, a liberação do Gemini para menores de 13 anos acontece em um momento em que as empresas querem atrair o público jovem para seus chatbots. Inclusive, nos Estados Unidos, Donald Trump incentivou o uso da tecnologia em escolas.
No entanto, grupos focados em crianças alertam que o uso dessas ferramentas pode representar um risco à segurança – sem contar os possíveis erros. A UNICEF, agência das Nações Unidas para a infância, já alertou sobre o potencial da IA de confundir, desinformar e manipular crianças.
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O Google reconheceu os riscos:
- No e-mail enviado aos país, a empresa afirmou que “o Gemini pode cometer erros” e que os pais “ajudem seus filhos a pensar criticamente”;
- O comunicado também recomendou que os responsáveis ensinem os filhos a verificar as respostas geradas pela IA, que ensinem que a ferramenta não é humana e a não compartilhar informações pessoais por lá;
- Ainda assim, a big tech reconhece que as crianças podem ter acessos a conteúdos impróprios para idade.
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