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Gastos dos consumidores dos EUA têm queda inesperada em maio

Os gastos dos consumidores dos Estados Unidos tiveram queda inesperada em maio uma vez que diminuiu o impulso da compra preventiva de bens, como veículos automotores, antes da imposição de tarifas, enquanto o aumento mensal da inflação permaneceu moderado.

Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica, caíram 0,1% no mês passado, após um ganho não revisado de 0,2% em abril, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira (27). Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 0,1%.

As tarifas do presidente Donald Trump, que levaram as empresas e as famílias a antecipar importações e compras de produtos para evitar preços mais altos, confundiram o cenário econômico.

Economistas alertaram que pode levar algum tempo para que as distorções relacionadas às tarifas sejam eliminadas dos dados.

Um déficit recorde no comércio de mercadorias no primeiro trimestre, graças a um dilúvio de importações, foi responsável por grande parte do declínio de 0,5% no Produto Interno Bruto durante esse período.

Os gastos dos consumidores também quase frearam no último trimestre, após terem sido impulsionados pela antecipação de compras de mercadorias.

As famílias também gastaram menos em serviços no último trimestre, ajudando a restringir o crescimento dos gastos do consumidor a um ritmo de apenas 0,5%, a taxa mais lenta desde o segundo trimestre de 2020.

Esses dados potencialmente colocam os gastos em uma trajetória de crescimento lento no segundo trimestre.

No entanto, é improvável que a combinação de gastos do consumidor e inflação fracos estimule o Federal Reserve a retomar o corte da taxa de juros em julho.

O chair do Fed, Jerome Powell, disse a parlamentares nesta semana que o banco central dos EUA precisa de mais tempo para avaliar o impacto das tarifas sobre os preços antes de considerar um corte nos juros.

Economistas argumentam que os aumentos de preços permaneceram moderados porque as empresas ainda estão vendendo o estoque acumulado antes da entrada em vigor das tarifas. Eles preveem que a inflação comece a se recuperar, começando com os dados de preços ao consumidor de junho.

O índice de preços PCE aumentou 0,1% em maio, mesma taxa de abril, mostraram os dados. Nos 12 meses até maio, a inflação pelo PCE foi de 2,3%, ante 2,2% em abril.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice PCE aumentou 0,2% no mês passado. Isso se seguiu a um aumento de 0,1% no chamado núcleo da inflação em abril.

Nos 12 meses até abril, o núcleo do PCE avançou 2,7%, após um aumento de 2,6% em abril. O Fed acompanha as medidas de preço do PCE para sua meta de inflação de 2%.

Na semana passada, o banco central manteve sua taxa de juros de referência na faixa de 4,25% a 4,50%, onde está desde dezembro.

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Fonte: CNN Brasil

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