A 2ª edição do Gorila Wealth Trends, realizada em São Paulo (SP), discutiu uma série de temas relacionados ao mercado financeiro, entre eles, ocrescimento inorgânico na indústria de wealth.
Segundo Gustavo Camargo, senior partner na Bain & Company, que participou do painel, o que se observa “é uma profunda transformação do mercado de capitais, que começa na necessidade de capital por empresas e organizações e termina nas possibilidades de investimentos dos indivíduos das famílias”.
Essa transformação, segundo ele, se dá pela enorme necessidade de equity pelas empresas e “a necessidades de os indivíduos das famílias serem atendidos por um ecossistema mais forte, que cada vez mais intermedia um pedaço maior de ativos da sociedade”.
Camargo explica que em todo os elos da cadeia do mercado de investimentos teve inovação e surgimento de negócios. Nesse cenário, surgiram muitas empresas, que depois entraram em processo de consolidação e combinação de negócios.
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A questão, segundo ele, “é como criar grupos que conseguem colocar escala onde a escala coloque muito valor”.
“Tem alavancas que geram muito valor, que tem a ver com tecnologia, suporte, mais e melhor serviço etc. Mas, ao mesmo tempo, tem um pedaço que destrói, que é o relacionamento com indivíduo, o relacionamento profundo com aquela família”, explica.
Tudo na mesa
Com isso, ele cita a importância de mostrar para o cliente os motivos de fusão de empresas de wealth, a razão dele ser melhor servido e dúvidas e preocupações que se pode ter na hora que contar para o investidor a mudança.
Na fusão de wealth, ele comenta ainda a necessidade de se tratar a s regras do jogo da combinação de negócios e dar transparência à operação.
“Está aqui (a fusão) porque é melhor seu pequeno negócio dentro do nosso grande negócio e está aqui o quanto se perde de flexibilidade esse seu pequeno negócio dentro do nosso grande negócio”, exemplifica.
Ricardo Guimarães, fundador da Vita Investimentos e sócio na Tori, participou também do painel e citou a importância de se saber as pessoas que permanecerão nas empresas após o negócio.
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“Estar tudo na mesa é crucial. Com isso, se garante sucesso da operação pós-M&A (fusão e aquisição)”, diz. Guimarães lembra que não é no primeiro ou segundo ano de uma fusão que se avalia seu resultado, mas dez anos depois.
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