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Frota fantasma: China usa tecnologia para “multiplicar navios”

A posição de navios em combate é algo estratégico. Revelar a localização para o inimigo pode significar uma derrota. Por isso, é comum que tropas utilizem táticas para confundir o adversário. É exatamente isso que a China pretende fazer com uma nova tecnologia que simula uma armada inteira de navios usando apenas uma embarcação real.

O projeto, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa de Telemetria de Pequim, foi descrito em um artigo revisado por pares publicado no Journal of Systems Engineering and Electronics e relatado inicialmente pelo South China Morning Post (SCMP).

A tecnologia permite criar uma verdadeira “armada fantasma” nos radares inimigos, utilizando dispositivos que bloqueiam sinais de forma coordenada. Ou seja, para o radar adversário, uma única embarcação pode parecer dezenas.

O sistema funciona com pequenos dispositivos eletrônicos de interferência de baixo custo, capazes de fazer um único navio de guerra aparecer como uma frota inteira no radar inimigo.

Frota fantasma: China usa tecnologia para “multiplicar navios”
Frota de navios (Imagem: Shutterstock)

Quatro bloqueadores eletrônicos conectados emitem sinais de navios falsos, criando clones virtuais da embarcação real. Segundo a descrição do projeto, a tecnologia pode enganar até mesmo sistemas de radar avançados.

O grande diferencial está no baixo custo. Tecnologias semelhantes já existiam, mas eram caras e não reproduziam com precisão a assinatura eletromagnética de navios modernos.

Nesse caso, porém, basta um pequeno processador para registrar uma onda de radar quando ela ultrapassa um limite de voltagem pré-estabelecido.

Modelo de “frota fantasma” é flexível

Além disso, diferentemente de modelos tradicionais, mais rígidos, essas “iscas” podem ser ajustadas em tempo real, adaptando-se às necessidades do combate.

De acordo com os pesquisadores, essas matrizes coordenadas são capazes de remodelar a paisagem eletromagnética do campo de batalha, numa capacidade que descrevem como “escultura do ambiente eletromagnético”, conforme relatado pelo jornal chinês.

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O sistema pode, por exemplo, enganar frotas inteiras de navios inimigos e até mesmo fazer com que mísseis errem o alvo (uma vantagem valiosa em combate).

Claro que nem tudo são vantagens. Os pesquisadores admitem que a simplicidade do sistema de 1 bit pode torná-lo vulnerável a contramedidas inimigas. Por isso, planejam aprimorar o dispositivo com inteligência artificial.

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Fonte: Olhar Digital

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