O ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, afirmou nesta terça-feira (24), durante acareação no Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres não participou de nenhuma reunião ministerial após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
Em depoimentos anteriores, o general havia declarado que Torres participou de “uma ou duas reuniões” com o então presidente e os comandantes militares para discutir medidas excepcionais.
Contudo, na audiência conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, Freire Gomes esclareceu que Torres participou de outras reuniões de governo em datas anteriores, nas quais diversos temas foram debatidos — incluindo a possibilidade de decretação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Acareação foi solicitada por Torres
A sessão de acareação foi solicitada pela defesa de Anderson Torres, que alegou haver “contradições relevantes” nos relatos prestados anteriormente por Freire Gomes.
O principal ponto questionado era justamente a eventual presença do ex-ministro em reuniões com Bolsonaro e militares nos dias seguintes à derrota eleitoral.
A acareação é prevista no Código de Processo Penal para esclarecer divergências entre depoimentos de investigados ou testemunhas.
O encontro entre Torres e Freire Gomes foi conduzido de forma fechada em uma sala de audiências do STF, com a participação do relator Alexandre de Moraes e do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
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Fonte: InfoMoney
