A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest revelou que o escândalo de fraudes em aposentadorias e pensões, atribuídas a entidades associativas ligadas ao INSS, impactou diretamente a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A desaprovação ao governo subiu para 51%, enquanto a aprovação caiu para 40%.
Apesar de uma percepção ligeiramente mais favorável em relação à inflação, economia e combustíveis, o caso do INSS foi o fator mais lembrado pelos entrevistados.
Segundo o diretor do instituto, Felipe Nunes, a queda na popularidade de Lula está ligada a um aumento significativo de notícias negativas envolvendo o governo, que superaram em mais que o dobro as notícias positivas no último mês.

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O levantamento mostra que 82% dos entrevistados disseram ter ouvido falar do escândalo, índice que supera a lembrança sobre programas e ações positivas do governo federal. A associação direta do caso com o presidente foi expressiva: 31% consideram Lula o principal responsável pelas fraudes, enquanto apenas 8% apontam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A pesquisa ainda indicou que 14% atribuem a responsabilidade ao próprio INSS, enquanto 8% culpam as entidades que fraudaram as autorizações de desconto dos aposentados. Outros 12% citaram causas diversas, e 26% não souberam responder.
O cenário também reflete um viés político: entre os eleitores de Lula no segundo turno de 2022, há divisão sobre de quem é a culpa. Já entre os que votaram em Bolsonaro, 53% apontam o atual governo como responsável pelos desvios.
Segundo a Polícia Federal e a Advocacia-Geral da União (AGU), o esquema começou em 2019, durante o governo Bolsonaro, e se estendeu até 2024. O prejuízo estimado pode chegar a R$ 6,3 bilhões.
As investigações revelam que associações de aposentados cadastravam beneficiários com assinaturas falsas e passavam a descontar mensalidades dos valores pagos pelo INSS sem autorização dos titulares.
A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre 29 de maio e 1º de junho, com 2.004 entrevistas presenciais em todos os estados. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
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Fonte: InfoMoney