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Fazenda divulga projeções; tarifas de Trump, dados de serviços e mais destaques

11 de julho de 2025 - 11:32Prédio do Ministério da Fazenda em Brasília
14/02/2023 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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As tarifas impostas pelos Estados Unidos a seus parceiros comerciais seguem dominando o noticiário nesta sexta-feira (11). Desta vez, o presidente Donald Trump anunciou na quinta-feira (10) uma tarifa de 35% sobre o Canadá, enquanto investidores especulam sobre o envio de uma possível carta com novas medidas direcionadas à União Europeia.

O anúncio ocorreu após a divulgação de uma tarifa de 50% dos EUA sobre o cobre importado, feita pelo presidente Donald Trump na noite de quarta-feira, além de uma tarifa de mesmo valor aplicada ao Brasil.

Na frente econômica, os investidores aguardam a divulgação mensal do relatório do Departamento do Tesouro dos EUA, prevista para as 15h (horário de Brasília). No Brasil, o IBGE publica às 9h os dados de serviços referentes a maio, com projeções de alta de 0,2% na comparação mensal e 3,5% na base anual.

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE/MF) também divulga às 9h o Boletim Macrofiscal, com projeções de indicadores econômicos, incluindo estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação.

O índice Ibovespa, principal referência do mercado acionário brasileiro, encerrou a quinta-feira com queda de 0,54%, atingindo 136.743,26 pontos, impactado especialmente por ações de empresas como Embraer (EMBR3). A alta do minério de ferro, refletida em um avanço de 3,67% na bolsa de Dalian, na China, sustentou o desempenho da Vale (VALE3) e ajudou a atenuar as perdas.

No mercado cambial, o dólar comercial encerrou o dia em alta de 0,72% contra o real, cotado a R$ 5,5426 no segmento à vista, apesar de ter alcançado picos maiores durante a sessão. O dólar futuro para agosto recuou 0,71%, negociado a R$ 5,5715, próximo ao fechamento da bolsa. Analistas acompanham se a tarifa entrará em vigor em 1º de agosto e avaliam as possíveis respostas das autoridades brasileiras diante da situação.

O que vai mexer com o mercado nesta sexta

Agenda

Às 10h20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da cerimônia de apresentação dos avanços do Novo Acordo Rio Doce no Espírito Santo.

Às 11h, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, se reúne com a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, além dos diretores João Vagnes de Moura Silva (Finanças) e Luiz Paulo Azevedo Bittencourt (Segurança Institucional). À tarde, das 14h às 15h, Galípolo participa de uma audiência com representantes da Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (ANAFE), da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e do Conselho Curador dos Honorários Advocatícios (CCHA). Ambos os encontros serão fechados à imprensa.

Brasil

9h – Serviços

10h – CNI divulga o Icei (Índice de Confiança do Empresário Industrial)

INTERNACIONAL

Canadá

O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta quinta uma alíquota tarifária de 35% sobre o Canadá, seguindo a linha de outras cartas já enviadas de que o país vizinho mantêm relações comerciais “desiguais” com os EUA. As novas tarifas entram em vigor em 1º de agosto.

Retaliação

O presidente Lula afirmou que o Brasil vai retaliar os EUA com tarifas de 50% se Trump mantiver a taxação sobre produtos brasileiros. Em entrevista à TV Record, Lula disse que usará a Lei da Reciprocidade aprovada pelo Congresso. Segundo o Planalto, não há intenção de diálogo com Trump. Lula mencionou ainda recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC). A íntegra da entrevista vai ao ar nesta quinta-feira (10).

Medidas

O governo Lula vai esperar até 1º de agosto, data da entrada em vigor da tarifa de 50% dos EUA, para anunciar uma resposta. Segundo O Globo, o Brasil corre para formular uma reação que não afete a economia local. A estratégia prioriza a proteção da indústria nacional. Entre as medidas avaliadas estão aumento de tarifas, cassação de patentes e avanço em acordos internacionais. O objetivo é reequilibrar a relação comercial e defender a soberania diante da pressão externa.

ECONOMIA

INSS

O INSS abre nesta sexta-feira (11) a adesão ao acordo de ressarcimento para aposentados e pensionistas que contestaram descontos indevidos de sindicatos e associações. Quem aderir receberá o valor corrigido diretamente na conta, sem necessidade de ação judicial. O processo pode ser feito pelo aplicativo Meu INSS ou em agências dos Correios. O pagamento começa em 24 de julho, para até 100 mil pessoas por dia. A estimativa é que 1,86 milhão de beneficiários estejam aptos nesta fase. O acordo exige desistência de ações judiciais e será viabilizado com crédito extraordinário de R$ 3 bilhões.

IPI

O governo federal zerou o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos sustentáveis de entrada a partir desta sexta-feira (11). O decreto, assinado por Lula e anunciado por Geraldo Alckmin, cria o IPI Verde, com foco em eficiência energética, reciclabilidade e produção nacional. Alckmin afirmou que a medida é fiscalmente neutra e tem impacto social ao baratear o carro zero. Cinco montadoras já participam: Volkswagen (Polo), GM (Onix), Renault (Kwid), Hyundai (HB20) e Stellantis (Mobi e Argo). O programa integra a política Mover e busca estimular a descarbonização do setor automotivo.

Meta de inflação

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou na quinta-feira (11) que a instituição está comprometida com a meta de inflação de 3% e adotará medidas para garantir o retorno ao intervalo de tolerância. A declaração foi feita após seis meses seguidos de descumprimento da meta nos 12 meses acumulados até junho. Em carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Galípolo prometeu reforçar a comunicação sobre causas, ações e expectativas. O BC projeta que a inflação volte aos limites da meta a partir do fim do primeiro trimestre de 2026.

POLÍTICA

Lula e Bolsonaro

O presidente Lula voltou a criticar Jair Bolsonaro após Donald Trump anunciar tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Em entrevista à Record, Lula acusou o ex-presidente e seu filho de influenciarem a decisão dos EUA, que ele classificou como desrespeitosa e baseada em alegações falsas. Lula defendeu o Judiciário brasileiro e comparou o caso à invasão do Capitólio, dizendo que Trump estaria sendo processado se o episódio ocorresse no Brasil. Reafirmou a soberania nacional e disse que o Brasil não aceitará tutela externa. Até agora, Bolsonaro não comentou a medida anunciada por Trump.

Diálogo

Os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, defenderam diálogo diplomático e comercial como resposta à tarifa de 50% imposta por Donald Trump aos produtos brasileiros. Em nota divulgada nesta quinta-feira (10), afirmaram que o Congresso acompanhará os desdobramentos com equilíbrio e firmeza. Destacaram a Lei de Reciprocidade Econômica como instrumento para proteger a soberania e os empregos no Brasil. O posicionamento veio após reunião entre os dois. Motta evitou críticas diretas, dizendo que sua posição refletirá o sentimento da Casa. O tema dominou a agenda do Legislativo.

Imposto de Renda

O projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 7.350 vai ao plenário da Câmara, acima dos R$ 7.000 propostos pelo governo Lula. O relator Arthur Lira manteve o imposto mínimo para quem ganha a partir de R$ 50 mil mensais e a alíquota de 10% para rendas acima de R$ 1,2 milhão. O texto também prevê tributação de lucros e dividendos acima de R$ 50 mil e retido na fonte para estrangeiros. A votação na comissão especial ficou para a próxima semana e no plenário para agosto, com debates sobre possíveis alterações ainda em andamento.

Código Eleitoral

A CCJ do Senado adiou para 16 de julho a votação do novo Código Eleitoral (PLP 112/2021), que unifica sete leis em 877 artigos. Divergências persistem sobre quarentena para agentes públicos, combate à desinformação e voto impresso. Senadores criticam a quarentena e alertam para riscos de censura no combate às fake news. O voto impresso divide opiniões entre parlamentares. O texto prevê mais transparência eleitoral e reserva mínima de 20% das vagas para mulheres.

Em supermercado

O projeto de lei que autoriza supermercados a vender medicamentos isentos de prescrição, com farmacêutico presente e farmácias completas, gerou debate em audiência pública. A Associação Brasileira dos Atacarejos defende a segurança e logística do setor, enquanto a Federação Nacional dos Farmacêuticos e especialistas alertam para riscos às pequenas farmácias, condições trabalhistas e aumento de intoxicações por automedicação. O Ministério da Saúde também aponta riscos à saúde pública. O relator Humberto Costa deve apresentar parecer na próxima semana, com votação prevista para o dia 16. O autor, senador Efraim Filho, destaca benefícios em concorrência e acesso.

Alternativa ao dólar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brics, fórum que reúne grandes países do chamado Sul Global, seguirá discutindo mecanismos mais autônomos para impulsionar as relações comerciais. As declarações de Lula, concedidas em duas entrevistas a canais de televisão, ocorrem em meio à escalada de tensões com os Estados Unidos, desde que o presidente Donald Trump anunciou tarifa comercial de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados.

“Nós cansamos de ser subordinados ao Norte. Queremos ter independência nas nossas políticas, queremos fazer comércio mais livre e as coisas estão acontecendo de forma maravilhosa. Nós estamos discutindo, inclusive, a possibilidade de ter uma moeda própria, ou quem sabe com as moedas de cada país a gente fazer comércio sem precisar usar o dólar”, acrescentou Lula.

(Com Agência Brasil, Estadão e Reuters)

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Fonte: InfoMoney

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