Home / Economia / Faria Lima: quanto custou o terreno da Baleia? O dono do projeto responde

Faria Lima: quanto custou o terreno da Baleia? O dono do projeto responde

Na vida — e nos negócios — tudo o que importa é a média. Pelo menos, para Rafael Birmann, o nome por trás da Baleia, hoje um dos prédios mais icônicos da Faria Lima, que abriga empresas como o Facebook, a Shopee e a PwC. 

Para conseguir o terreno onde hoje está edificado o B32, numa das áreas mais valorizadas de São Paulo, o empresário precisou comprar 35 casas desde o final dos anos 1990. Cada uma foi comprada por um preço (ou por uma permuta) diferente.

“Para quem queria viagem da Disney em troca, dávamos viagem da Disney. Tinha gente que queria um caminhão, dávamos o caminhão. Tinha quem queria um apartamento em Pinheiros… Teve de tudo”, afirma o presidente da Birmann S.A. à EXAME.

No fim das contas, cada metro quadrado saiu por uma média R$ 4 mil.

Houve casas que saíram por um valor quase irrisório. Mas tiveram também aquelas cuja negociação foi custosa e arrastada, com o proprietário do terreno conseguindo até dez vezes mais do que o valor inicial oferecido.

Entre preços inflados e pechinchas, o terreno inteiro, que tem 14 mil metros quadrados, custou aos bolsos de Birmann cerca de R$ 56 milhões na época. 

O espaço começou a ser incorporado em 1998 e todas as casas foram compradas em 2007. Mas o prédio foi entregue mesmo apenas em 2020.

Durante este percurso, houve uma pausa nas obras de 2005 a 2007 devido a complicações com licenças da Prefeitura de São Paulo e processos judiciais relacionados ao empreendimento.

Na época, o acesso ao funding também era um problema. “O que facilitou as coisas foi meu sócio, Ricardo Baptista, que conseguiu algo inédito para a época: um financiamento de 100% da obra pelo Bradesco”, afirma.

Birmann foi com a ideia, o sócio veio com o crédito.

Ricardo Baptista é diretor presidente da gestora de shoppings Partage, que hoje detém 50,5% do edifício B32. Birmann ficou com 39,9% depois que vendeu 13,6% para a BGR Asset por R$ 340 milhões em novembro do ano passado. O empreendimento todo, portanto, é avaliado por cerca de R$ 2,5 bilhões.

O icônico espaço hoje abriga uma torre corporativa de 24 andares, uma praça pública com uma escultura metálica de uma baleia de 20 metros, um teatro com capacidade para 500 pessoas e restaurantes.

O aluguel do metro quadrado custa cerca de R$ 350.

Fonte: Exame

Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *