Por meio de vídeo divulgado nas redes sociais, a família da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, desmentiu informações divulgadas por autoridades locais e pela Embaixada do Brasil na Indonésia sobre um suposto resgate da jovem, que está desaparecida desde sábado (21) após cair durante uma trilha no vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia. Segundo os parentes, Juliana não recebeu água, comida ou agasalho e continua aguardando socorro há mais de 40 horas.
A irmã de Juliana, Mariana Marins, afirmou que nenhuma equipe conseguiu chegar até o local onde a brasileira estaria. “A informação de que levaram comida, água e agasalho não é verdadeira. As cordas não tinham comprimento suficiente e a baixa visibilidade impediu o acesso até ela”, disse.
De acordo com a família, Juliana foi vista pela última vez às 17h30 (horário local) de sábado, por meio de imagens captadas por um drone operado por turistas. As imagens mostram a jovem caída em uma encosta da trilha. Mariana relata que, inicialmente, chegou a divulgar um vídeo que supostamente mostrava o resgate sendo feito, mas depois descobriu que se tratava de uma montagem. “O vídeo foi forjado para parecer que o resgate tinha acontecido, o que não é verdade”, completou.
Juliana estava no segundo dia da trilha no monte Rinjani, que tem 3.726 metros de altitude e é o segundo maior vulcão da Indonésia, muito procurado por alpinistas. Ela fazia o percurso acompanhada de cinco turistas e um guia local. Segundo a irmã, ao relatar cansaço, Juliana foi orientada pelo guia a descansar, enquanto ele seguiu viagem com o grupo. “Ela foi abandonada”, afirmou Mariana.
O órgão responsável pelas buscas, a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas), confirmou que uma equipe tentou chegar até o local na noite de sábado, mas não encontrou nenhum sinal da vítima. “Descemos quase 300 metros, chamamos, mas não houve resposta. Também usamos drones, sem sucesso”, informou o órgão, em nota à imprensa.
As buscas devem ser retomadas neste domingo, após terem sido interrompidas no sábado por conta da chuva e da baixa visibilidade, que deixaram a trilha no vulcão escorregadia e com risco elevado para os socorristas.
A família diz que a única alternativa viável no momento é o envio de um helicóptero para tentar localizar e resgatar Juliana. Segundo a irmã, Mariana, a expedição estava programada para ocorrer entre os dias 20 e 22 de junho, com duração de três dias e duas noites, contratada por uma agência local. Juliana, natural de Niterói (RJ) e publicitária, está viajando pela Ásia desde o final de fevereiro.
A Embaixada do Brasil em Jacarta acompanha o caso e informou estar em contato com as autoridades locais, aguardando atualizações sobre as operações de resgate.
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Fonte: InfoMoney