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Falas de Galípolo, recuo no IOF e dados da Alemanha: o que move o mercado

Os mercados globais operam em ritmo lento nesta sexta-feira, 23, por conta do fechamento antecipado do mercado de títulos nos Estados Unidos, que encerra o pregão às 15h, na véspera do feriado de Memorial Day.

A agenda internacional esvaziada redireciona as atenções para a quinta rodada das negociações nucleares entre Estados Unidos e Irã, que acontecem em Roma e elevam o grau de tensão geopolítica no radar dos investidores.

Nos EUA, o único indicador de peso previsto para o dia é o dado de vendas de moradias novas em abril, que será divulgado às 11h (horário de Brasília). Ainda por lá, o mercado aguarda falas de dirigentes do Federal Reserve. Alberto Musalem e Jeffrey Schmid participam de um evento pela manhã, enquanto Lisa Cook discursa às 13h.

No Brasil, o noticiário corporativo traz como destaque a assembleia de acionistas da JBS, que irá votar a proposta de dupla listagem das ações da companhia.

A agenda de indicadores começa às 8h, com a FGV apresentando a prévia do IPC-S de maio, indicador importante para as projeções de inflação no curto prazo.

Também no radar está a palestra do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, marcada para as 14h em seminário da FGV IBRE.

Galípolo deve ser observado de perto, sobretudo após o recuo do Ministério da Fazenda sobre o aumento do IOF para remessas de fundos de investimento ao exterior — uma medida que havia sido anunciada na tarde de quinta-feira e revertida poucas horas depois, após forte reação negativa do mercado e temor de instabilidade cambial.

Já no fim da tarde, às 16h30, o diretor do Banco Central Paulo Picchetti encerra o dia com outra palestra na FGV IBRE.

No cenário europeu, os dados econômicos surpreenderam positivamente. A economia da Alemanha cresceu 0,4% no primeiro trimestre deste ano, segundo revisão divulgada nesta manhã pelo Escritório Federal de Estatísticas do país.

O resultado, que representa o melhor desempenho trimestral desde 2022, foi impulsionado por uma recuperação mais forte do que o previsto na indústria e nas exportações.

No Reino Unido, as vendas no varejo subiram 1,2% em abril, também acima do esperado. O avanço foi atribuído principalmente ao bom desempenho das lojas de alimentos, beneficiadas por condições climáticas favoráveis ao longo do mês.

Mercados internacionais

Os mercados internacionais amanheceram sem direção definida nesta sexta-feira, 23. O Nikkei, do Japão, subiu 0,47%, após dados mostrarem que a inflação central do país acelerou para 3,5% em abril — puxada por preços de alimentos como o arroz. Em Singapura, a inflação também veio acima do esperado, reforçando preocupações com pressões inflacionárias na região. 

Na Europa, os principais índices operavam mistos por volta das 7h20 (horário de Brasília), após a divulgação de dados que mostraram recuperação da economia na região.

O índice europeu Stoxx 600 recuava 0,03%, enquanto o FTSE 100, de Londres, subia 0,09%. Em Frankfurt, o DAX avançava 0,17%, puxado pelo dado revisado de crescimento de 0,4% no PIB alemão do primeiro trimestre. Já em Paris, o CAC 40 caía 0,42%, contrariando a tendência dos pares.

Nos Estados Unidos, os futuros de Wall Street operavam em leve baixa no mesmo horário. Os contratos futuros do Dow Jones caíam 0,12%, enquanto os do S&P 500 recuavam 0,09% e os do Nasdaq perdiam 0,07%.

Investidores seguem avaliando o impacto da alta recente dos juros dos Treasurys e os desdobramentos fiscais do pacote de estímulos aprovado pela Câmara dos Representantes. Na véspera, o S&P 500 e o Dow Jones fecharam em queda pelo terceiro dia consecutivo, enquanto o Nasdaq registrou leve alta.

Fonte: Exame

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