Andrii Portnov (Foto: Reprodução/Wikipedia)
O ex-parlamentar ucraniano Andrii Portnov, de 52 anos, foi assassinado a tiros na manhã desta quarta-feira (21) em Pozuelo de Alarcón, área nobre nos arredores de Madri, na Espanha. Segundo a imprensa espanhola, ele havia acabado de deixar os filhos no Colégio Americano, instituição privada considerada uma das mais caras do país.
Vestido com roupas esportivas, Portnov se preparava para entrar em seu carro, um Mercedes de luxo com placa espanhola, quando foi surpreendido por dois ou três homens armados. Os agressores dispararam cinco vezes, acertando ao menos três tiros, sendo um deles fatal, na nuca. Os autores do crime fugiram para uma zona arborizada nas proximidades. Nenhum suspeito foi preso até o momento.
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Portnov foi identificado horas depois do crime como ex-assessor do ex-presidente ucraniano Víktor Yanukóvich, deposto em 2014 após protestos pró-europeus. Investigado na Ucrânia por corrupção e, posteriormente, por traição durante a anexação da Crimeia pela Rússia, ele foi alvo de sanções dos Estados Unidos em 2021. As penalidades incluíram bloqueio de ativos e proibição de entrada no país.
Com passaporte russo desde 2014, Portnov manteve atuação pública em canais pró-Rússia e possuía patrimônio milionário distribuído entre Ucrânia e Rússia, segundo a imprensa espanhola. Em 2018, chegou a dirigir o canal de TV NewsOne, alinhado ao Kremlin.
A polícia espanhola trata o caso como homicídio e investiga se há motivação política, já que o nome de Portnov figurava entre alvos da chamada “Lei Magnitsky”, que sanciona envolvidos em corrupção e violações de direitos humanos. O caso é o terceiro assassinato de alto perfil relacionado a figuras russas ou ucranianas na Espanha desde o início da guerra entre os dois países, em 2022.
O colégio onde ocorreu o crime seguiu com as aulas, mas recomendou aos pais que buscassem seus filhos. Policiais isolaram a área, e equipes forenses recolheram evidências até o início da tarde. Drones e um helicóptero auxiliaram nas buscas pelos atiradores.
(com El País e El Mundo)
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Fonte: InfoMoney
