O governo dos Estados Unidos afirmou neste domingo (22) que os ataques aéreos contra as três principais instalações nucleares do Irã foram fruto de meses de preparação militar e diplomática.
Em pronunciamentos separados, o secretário de Defesa dos EUA, Peter Hegseth, e o chefe do Estado-Maior Conjunto, general Charles Flynn, enfatizaram que a missão não teve como objetivo provocar mudança de regime, mas sim proteger interesses estratégicos e evitar o avanço do programa nuclear iraniano.

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“Acabamos com o programa nuclear no Irã. Muitos tentaram, mas apenas o presidente Trump conseguiu”, declarou Hegseth. “A operação foi ousada, brilhante e limitada. Os EUA estão de volta.”
“Missão visava proteger aliados, não mudar o regime”
Segundo o chefe do Pentágono, o plano foi executado após 60 dias de tentativas diplomáticas. “Trump busca a paz, e o Irã deveria seguir esse caminho. Seria inteligente da parte deles”, declarou.
Ele também negou que os EUA tenham como objetivo interferir na estrutura política iraniana: “Essa missão não diz respeito à mudança de regime. Ela visava proteger nossas tropas, nossos aliados e nossos interesses nacionais.”
O governo dos EUA também ressaltou que não houve aviso prévio ao Congresso sobre a ofensiva. “Informamos [o Congresso] após a saída dos aviões do espaço aéreo iraniano”, informou Hegseth.
14 bombas lançadas; estrutura nuclear ainda em avaliação
O general Charles Flynn, chefe do Estado-Maior Conjunto, confirmou que 14 bombas foram lançadas sobre os complexos de Fordow, Natanz e Isfahan, todos ligados ao programa nuclear do Irã. Segundo ele, a operação contou com o apoio de comandos estratégicos e forças armadas de elite.
“Ainda é cedo para afirmar se resta alguma infraestrutura nuclear no Irã”, declarou. “Seguimos monitorando a situação e estamos prontos para repelir qualquer retaliação. Nosso foco está no Irã, não nos países vizinhos ou aliados.”
Ataque limitado, mas com impacto histórico
Os militares classificaram a operação como “histórica” e com escopo deliberadamente limitado, com o objetivo de evitar uma escalada regional. “Foi uma resposta proporcional à ameaça crescente representada pelas instalações nucleares iranianas. Agora é o momento de o Irã vir negociar”, reforçou Hegseth.
As declarações oficiais confirmam que os EUA não pretendem ampliar os ataques, desde que o Irã se abstenha de retaliações significativas. Segundo o Pentágono, a preferência da Casa Branca ainda é uma solução diplomática e negociada para o fim da guerra.
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Fonte: InfoMoney