Ao longo de sua trajetória em cargos de liderança, Patrice Louvet aprendeu que, na hora de oferecer feedback, clareza é mais eficaz do que sutileza.
CEO da Ralph Lauren desde 2017 e com carreira consolidada na Procter & Gamble, Louvet compartilhou no podcast This Is Working, do LinkedIn, sua visão direta sobre como líderes devem lidar com conversas difíceis: indo direto ao ponto e deixando de lado o modelo tradicional de “elogio-crítica-elogio”.
Feedback direto é mais eficaz
“Depende da extensão do feedback negativo”, afirmou Louvet, de 60 anos. “Se houver um problema grave, é preciso começar com ele e seguir em frente. E às vezes as pessoas precisam levar uma pancada na testa com um pedaço de madeira, porque nem sempre isso é percebido.”
A metáfora pode soar dura, mas revela uma filosofia clara: quando há falhas críticas — como prazos descumpridos ou dados incorretos — não se deve mascarar a gravidade da situação com comentários positivos.
Abordagem equilibrada para erros menores
Para questões menores, como atrasos pontuais em reuniões ou erros recorrentes em e-mails, Louvet defende uma abordagem mais suave, porém objetiva. Nessas situações, ele sugere destacar primeiro os pontos fortes do colaborador, para então abordar os aspectos a melhorar.
“Se for algo em que o indivíduo precisa trabalhar e que não seja definidor ou completamente disruptivo, então acho que você deve começar com a força que vê e, então, fornecer o feedback através da lente de que essas são oportunidades de desenvolvimento.”
Essa habilidade de modular o feedback conforme a gravidade do problema é uma competência essencial para líderes modernos.
Confiança como base do desenvolvimento
A psicologia organizacional apoia essa visão. O psicólogo Adam Grant, da Wharton, declarou em dezembro de 2023 que a introdução do feedback influencia diretamente sua aceitação. Uma frase eficaz, segundo ele, é: “Estou dando esses comentários porque tenho expectativas muito altas e sei que você pode alcançá-las.”
Para Grant, a confiança no potencial do colaborador transforma a crítica em oportunidade, não punição.
Louvet também valoriza o equilíbrio entre incentivo e direcionamento. “Sempre recebi um ótimo conselho na Procter & Gamble: você precisa dedicar a maior parte do seu tempo aos seus pontos fortes. Então, 80% do seu tempo aos seus pontos fortes e 20% às suas oportunidades.”
Quando bem aplicado, o feedback torna-se uma ferramenta estratégica de retenção e performance.
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